Segundo dados preliminares, o preço de produtos da cesta básica registou, em Janeiro e Fevereiro, um aumento de cerca de cinco por cento. Desta forma, o BNA teme que até ao final de 2020 essa variação venha a atingir os 30 por cento.
De acordo com o governador, esta mudança não tem motivo aparente, uma vez que a taxa de câmbio e o comportamento dos preços se têm mantido estáveis no mercado internacional.
"Temos muitas dificuldades de compreender o porquê que todos os meses os preços terem de subir, apesar de em alguns casos ser muito ligeiro, sobretudo neste momento em que os preços são estáveis no mercado internacional", afirmou, citado pela Angop.
Estes produtos têm um grande peso no Índice do Preço do Consumidor e, caso, o aumento do preço dos produtos da cesta básica se continue a verificar, a estabilidade dos preços da economia será afectada, indicou o governador do BNA.
É essa constante inflação que o BNA quer travar. Na reunião com os importadores, a instituição tentou entender que medidas podem vir a ser tomadas para colocar um travão no aumento dos preços e, assim, manter a estabilidade económica do país.
Durante a reunião, alguns importadores apontaram a demora da chegada das respostas das cartas de crédito, encargos fiscais e o pagamento dos dois por cento aos serviços aduaneiros como sendo alguns dos factores que podem estar a inflacionar o preço final dos produtos.
Em reacção, o BNA fez saber que está disponível para ajudar os importadores com as autoridades governamentais. Recomendou ainda que os importadores estabeleçam um contacto mais directo com os produtores nacionais para impulsionar a produção nacional.
Este aumento já se tinha verificado em 2019: em Janeiro do ano passado eram gastos em média 15 mil kwanzas para comprar um conjunto de 13 produtos da cesta básica – como arroz, açúcar, óleo de soja, carne, leite em pó, farinha, entre outros. Em Dezembro de 2019 o preço aumentou para 20 mil kwanzas.
