Ver Angola

Defesa

Seis pessoas morrem diariamente em acidentes rodoviários em Angola

Pelo menos seis pessoas morrem todos os dias nas estradas de Angola e 25 ficam feridas em consequência de 28 acidentes diários, em média, anunciou a polícia, considerando que o quadro da sinistralidade rodoviária não é aceitável.

:

"Portanto, seis pessoas por dia que morrem nas estradas não pode ser um quadro aceitável e o desafio que a polícia nacional se propôs a realizar é uma forma a baixar esses níveis", disse o porta-voz da Direcção Nacional de Viação e Trânsito (DNVT), Angelino Sarrote, referindo-se ao período de 2013 a 2018.

Em declarações aos jornalistas, no âmbito da reunião metodológica alargada da DNVT, que decorre, em Luanda, Sarrote referiu que apesar de se registar uma redução de acidentes, mortos e feridos, a situação "ainda é preocupante".

Segundo o oficial da polícia, os acidentes aparatosos têm causado mais vítimas mortais, apontando a imprudência dos automobilistas, excesso de velocidade e o estado técnico das viaturas como as principais causas da sinistralidade.

Acrescentou que o excesso de velocidade "continua a figurar nas primeiras causas de elevado índice de sinistralidade rodoviária". Contudo, Angelino Sarrote adianta que "as causas têm a ver com a intervenção do homem na condução".

Os acidentes rodoviários são a segunda causa de morte em Angola depois da malária.

A Situação do Trânsito e da Sinistralidade Rodoviária, Actualização dos Modelos de Registos Estatísticos e a Desconcentração dos Serviços da DNTV na emissão de Cartas de Condução, Livretes de Circulação e Inspeção de Veículos são alguns pontos em análise na reunião metodológica alargada da instituição.

De acordo com o também chefe do departamento de Estudo, Informação e Análise da DNVT, esta reunião vai igualmente ditar orientações para se aprimorarem os mecanismos de atuação da direção e a respetiva expansão dos seus serviços.

Questionado sobre as motivações do atraso na emissão de Cartas de Condução ou Livretes de Circulação, muitas vezes reclamado pelos utentes, Angelino Sarrote assumiu dificuldades, garantindo que a expansão dos serviços vai atenuar as inquietações dos usuários.

"Sabemos que o país não produz nem os laminados e nem o papel para a carta de condução, sabemos também que temos alguma dificuldade naquilo que é a comunicação 'online'", argumentou.

Mas, observou, "acreditamos que com a implementação ou a expansão dos serviços e a melhoria, porque é nosso entender e é nosso propósito aproximar os serviços aos utentes e tudo estamos a fazer para que nos próximos tempos possamos inverter esse quadro".

Em relação ao processo de emissão de novas chapas de matrículas para viaturas, recentemente anunciado e aprovado pelas autoridades angolanas, o porta-voz da DNVT garantiu a sua implementação a "curto prazo". 

"Estamos a trabalhar para questões materiais porque é legal, já está aprovado, e tão logo tenhamos as condições, a curto prazo, implementaremos, é um processo que requer algum cuidado para que não se faça de forma precipitada", concluiu.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.