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CPLP e observadores debatem reforço da cooperação e concertação política

A CPLP e os Estados com estatuto de observador associado na organização debateram esta Quarta-feira em Lisboa o reforço das relações, de cooperação e de concertação político-diplomática, afirmou à Lusa a secretária-executiva do bloco lusófono.

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“Foi uma reunião sobretudo para nós auscultarmos os representantes dos países observadores (associados) sobre a melhor forma de potenciarmos a nossa relação”, disse Maria do Carmo Silveira, secretária-executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no final da reunião extraordinária do comité de concertação permanente da organização com os observadores associados.

“O número (de países com estatuto de observadores associados) já é significativo, e um dos grandes desafios que temos a nível da CPLP é como potenciar esta cooperação que se abre”, acrescentou.

Actualmente, têm o estatuto de observadores associados da CPLP a Geórgia, Hungria, Japão, República Checa, República Eslovaca, República da Maurícia, Namíbia, Senegal, Uruguai e Turquia.

“Esta reunião vem na sequência de algumas que já fizemos, a outros níveis, quer no Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) com estes observadores, também a nível de secretariado (executivo da CPLP) tivemos um encontro com os embaixadores”, adiantou Maria do Carmo Silveira, assinalando que levou "algumas propostas concretas, em vários domínios, por exemplo no domínio da concertação político-diplomática”.

De acordo com a secretária-executiva da CPLP, foi proposta a realização de encontros regulares de concertação sobre as grandes questões da agenda internacional, para ultrapassar o facto de até agora nunca se terem realizado reuniões regulares com os observadores associados e os membros da CPLP.

Maria do Carmo Silveira recordou ainda que a CPLP tem o estatuto de observador nas Nações Unidas, como organização, e os países-membros também são todos membros da ONU.

“Nós temos protocolos com várias instituições, nomeadamente a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, a Organização Mundial da Saúde, a Organização Internacional do Trabalho. São organizações que trabalham com a CPLP e, neste âmbito, podemos encontrar quadros de concertação (com os observadores) para definir posições comuns nestas organizações” referiu ainda.

“Neste momento, a CPLP está a trabalhar para apresentar uma declaração, um posicionamento da nossa comunidade no Fórum Mundial da Água, que terá lugar em Brasília (entre 18 e 23 de Março). Nós pedimos a colaboração dos Estados observadores para se associarem neste processo”, afirmou.

“Para além disso, esperamos deles (observadores) não só um incremento da colaboração nas acções de cooperação com a CPLP, mas também no contexto bilateral, com os nossos países membros”, disse ainda a secretária-executiva.

Para Maria do Carmo Silveira, “esta parceria” abre possibilidades, porque “alguns dos Estados observadores não têm relações directas" com alguns dos nove Estados efectivos.

No âmbito da concertação político-diplomática, para além das reuniões regulares e do diálogo com outras organizações internacionais, foram abordadas as visitas de autoridades dos observadores associados à CPLP.

No plano da cooperação, foi apresentado o plano de cooperação na CPLP e foi discutido ainda a promoção do português nos países observadores associados e a cooperação com o IILP.

A CPLP, criada em 1996, integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.

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