A reunião entre os dois presidentes durou cerca de três horas, encontro no qual, segundo Cyril Ramaphosa, foi abordada a cooperação bilateral e a segurança na região da Comunidade de Desenvolvimento de Países da África Austral (SADC), organização actualmente presidida pela África do Sul.
Cyril Ramaphosa disse ter escolhido Angola para a sua primeira visita de Estado, após tomar posse em Fevereiro, devido à "relação muito especial e histórica" que une os dois países, desde a luta pela libertação contra o regime do apartheid.
"Angola contribuiu muito e consentiu muitos sacrifícios", realçou o Presidente sul-africano, em declarações à imprensa no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, antes de deixar Luanda.
Segundo o chefe de Estado sul-africano, foram ainda abordadas questões que preocupam os dois países e a região, garantindo o empenho dos dois Estados na procura da paz e segurança da região.
Entre as preocupações comuns figuram as instabilidades políticas na República Democrática do Congo, República Centro Africana e Lesoto que, informou, já registam "alguma evolução positiva", nos seus processos de pacificação.
Em Novembro, João Lourenço também escolheu a África do Sul para a sua primeira visita de Estado após tomar posse, em Setembro, como Presidente de Angola.
Angola é um dos principais parceiros comerciais da África do Sul no continente africano, tendo as exportações sul-africanas para o país lusófono atingido, em 2016, os 8,2 mil milhões de rands (615 milhões de dólares), enquanto no sentido inverso a África do Sul comprou 18 mil milhões de rands (1350 milhões de dólares) de petróleo nacional.
Desde Novembro, os dois Governos mantêm um acordo recíproco de supressão de vistos em passaportes ordinários, por períodos de até 90 dias por ano.
