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Reservas já só garantem cinco meses de importações

As reservas internacionais renovaram em Fevereiro mínimos históricos, caindo para 12.839 milhões de dólares e cinco meses de importações, uma queda de 18 por cento nos primeiros seis meses de governação de João Lourenço.

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A informação resulta de dados preliminares do Banco Nacional de Angola (BNA), compilados pela Lusa, sobre as Reservas Internacionais Líquidas (RIL), que no espaço de um mês perderam, em valor, mais 221 milhões de dólares, depois de em Janeiro a quebra ter sido de 283 milhões de dólares.

Desde as eleições gerais de 23 de Agosto, que levaram à chegada ao poder de João Lourenço, estas reservas, que estão agora em mínimos desde 2010, já caíram mais de 2800 milhões de dólares, uma quebra de 17,9 por cento em seis meses.

Estas reservas, que o BNA tem vendido aos bancos comerciais para garantir a importação de alimentos, máquinas e matéria-prima para a indústria, estão a menos de metade do valor contabilizado antes da crise da cotação do petróleo. No início de 2014, antes dos efeitos da crise, as reservas angolanas ascendiam a 31.154 milhões de dólares.

No Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2018, o Governo angolano recorda que o volume de reservas deveria ter sido, na previsão anterior, de 19.000 milhões de dólares no final de 2017.

Contudo, com a manutenção da taxa de câmbio ao longo de 2017 – sem qualquer desvalorização do kwanza– as RIL reduziram-se nos últimos 11 meses de 2017 para 14.480 milhões de dólares.

"O número de meses de importação cobertos pelas RIL situa-se agora em 5,49, abaixo dos seis recomendados pelas metas de convergência da SADC", alerta o Governo, no OGE aprovado em Março.

Entre Agosto de 2016 e Julho de 2017, o banco central – que actualmente é o único fornecedor de divisas à banca comercial – ainda aumentou a injecção de moeda estrangeira no mercado cambial primário, com vendas directas aos bancos.

As reservas contabilizadas pelo BNA são constituídas com base em disponibilidades e aplicações sobre não residentes, bem como obrigações de curto prazo.

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