Ver Angola

Política

Ministro da Geologia afirma que corrupção é “fenómeno complexo” e será prioridade do próximo PR

A corrupção em Angola é um "fenómeno complexo" que será uma prioridade do próximo Presidente, afirmou Terça-feira o ministro da Geologia e das Minas, Francisco Manuel de Queiroz, em Londres.

Pedro Parente:

"A corrupção é um fenómeno que tem alguma complexidade. Por vezes aborda-se de forma limiar e superficial sem conhecer os contornos e a forma como se desenvolve", disse, durante o Forum de Comércio e Investimento Reino Unido-Angola, que decorreu na capital britânica.

O ministro lamentou, numa resposta ao ex-ministro britânico Peter Hain sobre a existência de corrupção em Angola, que os corruptores nem sejam referidos quando se fala do fenómeno e defendeu a necessidade do combate à corrupção.

"É algo que se faz parte das consciências e tem de se combater como se combatem os comportamentos, mas demora tempo", admitiu, mostrando-se confiante de que a pressão social e política no país vai ajudar a que a corrupção desapareça ou diminua para níveis menores.

Queiroz referiu que as eleições gerais de Agosto próximo serão uma oportunidade para se avançar neste domínio.

"Estamos num processo de mudança política. Essa é uma das preocupações principais do próximo Presidente de Angola", garantiu.

O ministro da Geologia e das Minas participava num painel onde foi apresentada a estratégia do governo para o sector mineiro, que declarou assentar em três pilares: informação e mapeamento geológico e mineiro de todo o território, através do Plano Nacional de Geologia (Planageo); um ambiente regulatório, robusto e estável, "que protege os interesses do Estado e dos investidores"; e um ambiente de negócios, "baseado nos princípios da transparência, lealdade e rigor técnico, profissional e de boas práticas internacionais".

Queiroz destacou a importância do Planageo para a abertura de oportunidades de negócio no sector mineiro e ajuda na diversificação da economia nacional, promovendo a exploração não só de pedras preciosas, como diamantes, mas também de cobre, ouro, magnésio, ferro, platina, sódio, níquel, além de pedras ornamentais.

Miles Kennedy, presidente do conselho de administração da australiana Lucapa Diamond Company, que possui a concessão de uma mina no Lulo, na província de Lunda Norte, que descreveu como "a 5.ª maior mina de diamantes do mundo", falou da sua experiência.

"Tem sido absolutamente fantástica: pode demorar algum tempo, mas se dizem que vão fazer alguma coisa, acaba por acontecer", assegurou.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.