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Professores cubanos nas universidades públicas custaram ao Estado 64 milhões

A contratação de professores cubanos em 2016 para leccionar no ensino superior público em Angola, ao abrigo do acordo de cooperação entre os dois países, custou ao Estado pelo menos 64 milhões de dólares.

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A informação resulta de dois despachos deste mês do Ministério do Ensino Superior, ambos consultados pela Lusa, homologando contratos com a empresa Antex, que assegura o recrutamento de especialistas cubanos para leccionarem nas universidades públicas de Angola.

De acordo com o primeiro destes despachos, a Antex foi contratada para recrutar professores do ensino superior, por 36,9 milhões de dólares, e especificamente, com o segundo, para docentes para os cursos afectos à área da Saúde, neste caso por 27,9 milhões de dólares.

Em ambos os casos, o recrutamento destes professores foi válido para o ano académico de 2016, conforme previsto no acordo de cooperação entre os governos de Angola e de Cuba, no domínio do ensino superior e formação de quadros.

A Antex - Antillas Exportadora, é a empresa cubana que assegura o recrutamento e pagamento de médicos, professores e engenheiros de construção civil que trabalham em Angola.

Segundo dados de 2015 do Governo, 42 por cento dos médicos e 70 por cento dos profissionais de saúde no país eram então cubanos, mas a crise provocada pela quebra nas receitas da exportação de petróleo levou à partida de muitos destes profissionais. Estes profissionais recebem os salários pela Antex, que por sua vez cobra o serviço ao Estado angolano.

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