O "Prémio Obra do Ano 2017" é uma promoção da revista digital Archdaily, que após à selecção dos concorrentes deixou a escolha dos finalistas aos internautas, que deverão agora também eleger o melhor projecto arquitectónico da lusofonia.
De acordo com a Angop, o novo concurso pretende reconhecer as melhores obras que, do ponto de vista arquitectónico, representam a identidade do país.
Segundo a organização, esta selecção é uma amostra interessante da produção arquitectónica contemporânea nos países lusófonos, fortemente marcada pela exploração dos materiais, a riqueza dos contextos geográficos destes e os diversos desafios enfrentados pelas sociedades locais.
Abordado sobre o assunto, o arquitecto angolano Tirónio Silva disse ser um orgulho nacional para toda a classe ver uma obra emblemática da cidade capital estar seleccionada entre as 15 melhores da CPLP, num dos mais prestigiados sites sobre a matéria.
Como colaborador da empresa proprietária do projecto Museu da Moeda, o arquitecto sublinhou que muito mais do que uma simples infra-estrutura a obra constitui uma estratégia urbana, que acrescenta qualidade a Luanda.
"Optámos por enterrar o museu para criar uma clareira no meio da selva de betão da nossa cidade e deixar respirar o edifício emblemático do Banco Nacional de Angola, sem qualquer concorrência directa. Entretanto, o mesmo surge como uma continuidade da intervenção da marginal", sublinhou Tirónio Silva.
Localizado junto à Baía de Luanda, no coração da baixa da cidade, o Museu da Moeda foi projectado e construído em 2015, numa área de aproximadamente 4800 metros quadrados.