A posição foi avançada em Luanda, no final da tomada de posse da nova administração da APIEX, que passa a ser liderada pelo economista Belarmino Van-Dúnem, concluindo desta forma um conturbado período que levou o ministro a exonerar em Janeiro a anterior direcção daquela agência estatal.
Num actual cenário de quebra prolongada das receitas com a exportação de petróleo –que representa mais de 95 por cento das vendas ao exterior – Fiel Constantino recordou à nova administração da APIEX que o país não pode exportar o que não tem, aludindo à necessidade de aumentar o investimento na produção interna.
"Se houver condições de produção em quantidade e em qualidade para colocar no mercado exterior será uma mais-valia", apontou, pedindo à nova administração da APIEX para reforçar o apoio aos empresários nacionais na conquista de mercados internacionais, trabalhando em articulação directa com agências congéneres de outros países.
O novo presidente do conselho de administração da APIEX, Belarmino Van-Dúnem, assumiu que as prioridades passam por "trabalhar, coordenar e estar em sintonia com a tutela" no processo de "promoção das exportações e na captação de investimentos" para Angola.
A Lusa noticiou a 25 de Janeiro a decisão do ministro do Comércio de exonerar o conselho de administração da APIEX, depois de em Outubro já ter proibido os administradores de então de prestar declarações aos jornalistas. Não foram adiantadas mais explicações para a exoneração do conselho de administração.
A agência contava com António Henriques da Silva como presidente do conselho de administração, nomeado para as funções ainda pela anterior ministra do Comércio, Rosa Pacavira, que por sua vez foi substituída no cargo, em Março de 2016, por Fiel Constantino.
