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Economia

Excedente superou os 340 milhões no terceiro trimestre apesar da crise

Angola registou um excedente orçamental de 55,6 mil milhões de kwanzas (347 milhões de dólares) no terceiro trimestre de 2015, segundo o balanço de execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) aprovado na Quarta-feira pela Assembleia Nacional.

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De acordo com informação do parlamento, as contas foram aprovadas com 141 votos a favor, dos deputados do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que suporta o Governo, apesar dos 25 votos contra e três abstenções da oposição.

Juntamente com as contas do terceiro trimestre de 2015, ano fortemente marcado pela crise da cotação do barril de crude no mercado internacional e que fez as receitas com a exportação petrolífera cair para menos de metade, os deputados aprovaram uma resolução recomendando ao executivo a promoção de acções para o aumento das receitas tributárias não petrolíferas.

"Que se dê continuidade ao processo em curso de cadastro presencial, com dados biométricos, dos funcionários públicos e agentes administrativos, em particular o pessoal da saúde, da educação e dos órgãos de defesa e segurança e ordem interna", lê-se na referida resolução do parlamento angolano.

O relatório de balanço da execução do OGE referente ao terceiro trimestre de 2015 (Julho a Setembro) concluiu que as receitas do Estado atingiram neste período os 1,189 biliões de kwanzas para despesas de 1,134 biliões de kwanzas.

A Lusa noticiou a 24 de Março que o Estado estava a gastar 3.265 milhões de kwanzas no pagamento de salários a milhares de trabalhadores que já não prestavam serviço, segundo o primeiro balanço do recadastramento dos funcionários públicos.

De acordo com uma informação divulgada pelo Ministério das Finanças angolano, este recadastramento, que envolve a recolha de dados biométricos nomeadamente para travar o pagamento irregular de salários, levou a que 33.683 agentes tivessem sido desactivados do Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado, entre Setembro de 2015 a Fevereiro último.

O processo tem por objectivo "contabilizar todos os funcionários públicos a nível nacional e clarificar o seu vínculo formal com a unidade orçamental que procede à sua remuneração", arrancou em Setembro e deverá prolongar-se até 30 de Junho de 2016.

Face a estas contas, o diploma do parlamento apela ainda ao Governo para melhorar o desempenho da despesa relativa ao Programa de Investimento Público (PIP) e para dar maior atenção à execução de verbas alocadas ao sector social, "tendo em conta que a sua execução tem influência directa na qualidade de vida das populações".

O OGE para este ano continua a ser, à semelhança do de 2015, de austeridade, com cortes e contenção, estando a sua execução ameaçada pela nova quebra da cotação do barril de cruze.

No documento, o Governo prevê um défice de 5,5 por cento do Produto Interno Bruto e um crescimento económico nacional, face a 2015, de 3,3 por cento. É descrito como de manutenção da austeridade, devido à crise da cotação do petróleo, que só em 2015 obrigou ao corte de um terço das despesas públicas.

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