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Santoro ainda sem acordo com CaixaBank sobre BPI

A Santoro Finance, da empresária Isabel dos Santos, confirmou que tem mantido negociações com representantes do CaixaBank, accionista espanhol do BPI, mas disse que ainda não existe acordo com a entidade.

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Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) portuguesa, o BPI divulgou uma comunicação da Santoro Finance - Prestação de Serviços, na sequência do pedido de informação do supervisor por causa das notícias que davam conta da conclusão emitente do processo negocial entre os accionistas do banco, Santoro Finance - Prestação de Serviços e o espanhol CaixaBank.

A empresa de Isabel dos Santos confirma que, "efectivamente, têm sido mantidas negociações com representantes do CaixaBank", mas que "nesta data não existe qualquer acordo". A CMVM deliberou hoje a suspensão da negociação das acções do BPI até que o banco preste informações ao mercado

Na semana passada, o CaixaBank tinha afirmado que ainda não tinha chegado a um acordo com a Santoro, mas que continuava em contacto para encontrar uma solução "aceitável para todas as partes".

Estas comunicações surgem na sequência de notícias dos media que dão conta que Isabel dos Santos e o CaixaBank estão a ultimar um acordo para desbloquear o impasse accionista no BPI e que permitiria a Isabel do Santos ficar com Banco de Fomento Angola (BFA).

Os principais accionistas do BPI, Santoro e Caixabank, informaram a 2 de Março que estavam em contacto para alcançar uma solução para banco que cumpra as regras do Banco Central Europeu (BCE) relativas à presença em Angola, mas que ainda não tinham chegado a acordo.

O Caixabank é o principal accionista do BPI, com 44,10 por cento do capital social, apesar de só poder exercer 20 por centro dos votos devido à blindagem dos estatutos, enquanto a Santoro detém 18,58 por cento do capital.

Angola é um dos países que o BCE considera que não tem uma regulação e supervisão semelhantes à existente da União Europeia, o que obriga o BPI a ajustar a sua exposição ao mercado angolano, onde detém o controlo do BFA, com 50,1 por cento, tendo a instituição liderada por Mario Draghi dado o prazo até 10 de Abril para que se resolva esse problema.

No entanto, este assunto tem provocado divergência entre os dois principais accionistas do banco, o espanhol Caixabank e a angolana Santoro.

A operação em Angola é a ‘jóia da coroa' do BPI, sendo que, em 2015, mais de 50 por cento do lucro do banco veio de Angola, ou seja, 135,7 milhões de euros num total de 236,4 milhões.

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