Em declarações, esta Terça-feira, no encerramento da Cimeira para a Acção sobre Inteligência Artificial, que teve lugar em França, o director do IMA disse que a "adopção da inteligência artificial (IA) constitui um caminho incontornável para a agenda de transição digital do país".
Implementar soluções com base em IA vai contribuir para melhorar os serviços públicos, considerou o responsável, citado num comunicado do Governo, a que o VerAngola teve acesso.
Segundo Meick Afonso, "a implementação de soluções baseadas na inteligência artificial permitirá uma maior eficiência dos serviços públicos, promovendo interoperabilidade de dados, e adaptação ao ciclo de vida dos cidadãos e das empresas".
Acrescentou igualmente que os "países em desenvolvimento precisam investir em infra-estruturas digitais robustas para garantir o funcionamento das principais plataformas de inteligência artificial".
"Por outro lado, destacou a importância da formação de talentos locais, do estabelecimento de parcerias estratégicas com entidades internacionais, bem como da inclusão social e económica como pilares para o sucesso da transição digital", lê-se no comunicado.
Na ocasião, o director do IMA mencionou estudos que indicam "um crescimento e impacto económico na ordem de mais de 17 biliões de dólares até 2030".
"A cimeira decorreu num contexto de exploração de oportunidades para a adopção de políticas públicas e regulamentação do uso da inteligência artificial em Angola, um tema cada vez mais relevante na actualidade, conforme considerou o director do Instituto de Modernização Administrativa (IMA), Meick Afonso", lê-se no comunicado.
O evento juntou várias figuras do panorama político, tecnológico e empresarial mundial, como por exemplo António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, Ursula Von Der Leyen, presidente da Comissão Europeia, JD Vance, vice-presidente dos Estados Unidos, entre outros.
"Sobre a temática, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, alertou que uma regulamentação excessiva poderá paralisar a indústria de IA, e enfatizou a abordagem desregulamentada dos EUA para promover a inovação", refere o comunicado.
Já a presidente da Comissão Europeia referiu que a Europa quer "ser um dos continentes líderes em IA e, como exemplo, anunciou a mobilização de investimentos substanciais nesta área da tecnologia", enquanto o Presidente de França, Emmanuel Macron, realçou o "compromisso do seu país em simplificar processos regulatórios e atrair investimentos em IA, bem como anunciou, igualmente, investimentos significativos no sector, posicionando a Europa como uma terceira via entre os EUA e a China".
"Durante o encontro, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, co-organizador do evento, defendeu a utilização da inteligência artificial para a inclusão social, garantindo acesso a todos, e anunciou, para 2026, a realização da segunda edição no seu país", lê-se ainda o comunicado.
Na cimeira – decorrida esta Segunda e Terça-feira em Paris –, o país fez-se representar com uma delegação chefiada por Adão de Almeida, ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República.
