A futura infra-estrutura, que vai contar com uma central de triagem, será instalado numa área de 100 hectares, no qual já foram construídas as áreas de pesagem, administrativa, de máquinas, serviço de incêndios, incubadora de resíduos hospitalares e lagoa lixiviada, escreve a Angop.
Localizado na localizada de Catenguenha, o espaço do futuro centro foi visitado, esta Segunda-feira, pela titular da pasta do Ambiente.
"A ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho Pereira, efectuou na manhã desta Segunda-feira, uma jornada de trabalho com objectivo de constatar o actual estado do aterro sanitário, espaço que está a ser preparado para ser o futuro centro de valorização de resíduos na localidade de Catenguenha, infra-estrutura que será composta por uma central de triagem, separando resíduos com características de reaproveitamento e reutilização económica", informa o governo provincial do Huambo, em comunicado a que o VerAngola teve acesso.
Após a jornada, a ministra avançou que as obras vão ser retomadas. "Ana Paula de Carvalho Pereira realçou que as obras que se encontram paralisadas foram inscritas no OGE 2025, com autorização e fiscalização da empreitada, bem como a garantia financeira para o seu reinício no próximo mês de Abril", lê-se na nota.
Além disso, a ministra, citada pela Angop, também informou que foi reinscrito no OGE para este ano um outro centro de valorização de resíduos para servir, num único local, as províncias de Luanda, Bengo e Icolo e Bengo, sendo que, neste momento, o Ministério por si dirigido já possui aprovação financeira para executar esses projectos.
Entre outros aspectos, a governante mencionou o facto de ser preciso as pessoas terem, nas suas casas, depósitos de lixo separados, dado que, brevemente, todos os resíduos vão ser pesados e vendidos a um valor que será definido pelas autoridades, no quadro do sistema da economia circular, acrescentando que no procedimento de reaproveitar os resíduos, muitos vão ser reciclados para produzir adubos orgânicos, dado que Angola possui uma população predominantemente rural e com demandas por fertilizantes.
Por sua vez, o governador do Huambo, Pereira Alfredo, apontou que uma das preocupações se prende com "a preservação das infra-estruturas e o mau estado das vias de acesso para a localidade de Catenguenha que encontra-se em curso e a cargo do ministério de tutela, e apelou às comunidades para a partilha da responsabilidade na preservação do património colectivo por todos actores sociais".
Segundo o governador, citado no comunicado do governo provincial, "o trabalho conjunto entre o governo local e o ministério do Ambiente, acertou alguns pormenores que têm que ver com o aterro sanitário e a recuperação da estufa-fria, inscrita igualmente no OGE 2025, decorrendo neste momento, trabalhos de mobilização de recursos financeiros".
Destacou ainda que a visita da titular da pasta do Ambiente à província "serviu para partilhar desafios de responsabilidade central e local, tendo enfatizando que o governo já tem realizado alguns trabalhos de recuperação das zonas verdes da cidade do Huambo, retomando a sua característica de uma das cidades ecológicas de Angola", lê-se na nota.
Nesta sua jornada, Ana Paula de Carvalho também visitou as instalações do CETAC e a estufa-fria.
Segundo uma nota do Ministério do Ambiente, a que o VerAngola teve acesso, a ministra expressou indignação com o estado da estufa-fria. "Quanto à estufa-fria, a ministra mostrou-se indignada com o estado de conservação da mesma, uma vez que as infra-estruturas que já existiam foram vandalizadas e disse ser necessário mudar o cenário e principalmente, ter consciência de que os bens públicos devem ser preservados", lê-se na nota.