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Telecomunicações

País conta com 11 milhões de usuários de Internet

O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, fez saber que o país tem 11 milhões de usuários de Internet, representando uma taxa de penetração de 33 por cento da população de Angola. Segundo o governante, que falava na abertura do primeiro Fórum de Governança da Internet em Angola, a utilização das redes sociais “registam um crescimento notável, com cerca de 3.45 milhões de usuários”, correspondentes a aproximadamente 20 por cento da população adulta.

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Embora se tenha registado este crescimento, o ministro indicou que "o sector enfrenta ainda vários desafios, como a necessidade de aumento da malha das redes de banda larga e outras infra-estruturas de apoio, bem como a redução da disparidade digital entre áreas urbanas e as áreas rurais, além da promoção da alfabetização digital para todos os angolanos", lê-se num comunicado do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, a que o VerAngola teve acesso.

Visando combater esses desafios, o ministro avançou que o sector tem vindo a trabalhar para implementar projectos, programas e acções focados na diminuição da "info-exclusão digital", consoante o aproveitamento e utilização das "mais modernas tecnologias", bem como caminhar rumo à modernização e digitalização "do tecido económico".

"A promoção da inclusão digital e o acesso às tecnologias de informação e comunicação para todos os angolanos, com particular destaque para as regiões rurais, permite ter uma sociedade mais equitativa, inovadora e próspera", afirmou.

Além de "fornecer o acesso à internet", segundo o comunicado, o titular da pasta das Telecomunicações, Tecnologias de Informações e Comunicação disse que a inclusão digital assegura igualmente que "cada angolano tenha as habilidades necessárias para utilizar plenamente as tecnologias de informação e comunicação", colocando-as ao serviço da sociedade e do desenvolvimento do país.

Citado na nota, disse ainda que "essas iniciativas representam a espinha dorsal dos esforços do Executivo angolano para democratizar o acesso à informação e ao conhecimento, garantindo que a tecnologia seja um motor de inclusão social e económica".

Na ocasião, Mário Oliveira também realçou o Programa Espacial Nacional "como uma das amostras do desenvolvimento tecnológico do país", com destaque para o salétite Angosat-2.

"As aplicações espaciais já têm dado um contributo em alguns sectores da economia nacional, nomeadamente no sector dos petróleos e gás, recursos minerais, entre outros. O projecto Angosat-2 tem beneficiado comunidades em áreas específicas, como as províncias de Luanda, Cuando Cubango, Bié, Lunda Norte e Lunda Sul, que já têm beneficiado dos serviços deste satélite", apontou.

Na sua intervenção, o governante mencionou igualmente a iniciativa 'Internet nas escolas', através do projecto 'Ngola Digital', assim como o alargamento da "rede de dados de fibra óptica e o projecto de interligação de fibra óptica entre a República de Angola, República Democrática do Congo, Zâmbia e Namíbia, como partes das iniciativas mais amplas para melhorar a infra-estrutura de telecomunicações e aumentar a conectividade na região da África Austral", lê-se na nota.

Segundo Mário Oliveira, a era digital veio trazer um "fluxo ininterrupto de partilha de informações, tornando-se fundamental" a criação de "pressupostos para o desencorajamento da partilha de dados e informações falsas", recordando que a divulgação de informações falsas acaba por distorcer a realidade dos factos e ameaçar a "integridade das instituições e do tecido social".

Assim, deixou um apelo aos participantes do evento, no sentido de "traçarem também estratégias eficazes, para combater as chamadas 'Fake News' e a desinformação, sem colocar em causa o direito à liberdade de expressão e o acesso à informação verídica e confiável".

Refira-se que o fórum, que decorreu esta Quinta-feira em Luanda, reuniu especialistas e profissionais de várias áreas de Angola e de países de expressão portuguesa, para reflectirem acerca de matérias relacionadas com a governança da Internet.

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