Huang Xia disse à imprensa, no final do encontro, que analisou com o ministro das Relações Exteriores, Téte António, o papel de mediação de Angola nos conflitos em África, entre os quais a situação de instabilidade no Sudão, bem como a implementação dos processos de Luanda e Nairobi.
"Vim a Luanda para abordar as questões de resolução de vários conflitos nos Grandes Lagos e vim olhando para Luanda, Angola, na pessoa do seu presidente João Lourenço, para trazer respostas mais viáveis em relação à situação", referiu Huang Xia, que foi igualmente recebido em audiência pelo chefe de Estado.
Segundo o enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas, depois de ouvir o chefe da diplomacia angolana ficou com uma melhor leitura da dinâmica na região e dos trabalhos que foram desempenhados pelo Presidente João Lourenço e Angola, esforços que elogiou.
Atendendo às responsabilidades de Angola como país que preside a Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), declarou o ministro angolano, e às suas responsabilidades continentais, o país lusófono tem o dever de apoiar o gabinete e o enviado especial da ONU.
Téte António realçou que o enviado especial do SG da ONU para a Região dos Grandes Lagos tem a missão específica de apoiar os esforços da região nesta empreitada, que vai das questões de paz e segurança até as humanitárias e de desenvolvimento.
"Na reunião de hoje passamos em revista as questões de paz e segurança na região, sobretudo na região dos Grandes Lagos. A questão principal nos Grandes Lagos é a paz no leste da RDCongo, analisámos também as dinâmicas regionais, as que têm a ver com o relacionamento entre os diferentes países na região dos Grandes Lagos", disse Téte António, sublinhando ainda as responsabilidades de Angola para a implementação do Roteiro de Luanda no caso da República Centro Africana.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, o encontro serviu ainda para explorar em profundidade como Angola pode colaborar no abrandamento do clima de tensão que actualmente se vive na região, e baixar a tensão entre o Ruanda e a RDCongo.
