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Portugal continua a ser parceiro relevante para Angola, mesmo diminuindo trocas comerciais

O ministro da Indústria e Comércio disse na passada Sexta-feira, em Luanda, que Portugal continua a ser um parceiro relevante, apesar da diminuição das trocas comerciais entre os dois países.

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"Portugal continua a ser um 'player' relevante na troca comercial com Angola e não é só produtos alimentares, são máquinas, é principalmente serviços até. Portugal exporta muitos serviços para Angola, ao contrário Angola importa muitos serviços de Portugal. Houve uma diminuição, mas continua relevante", referiu Victor Fernandes.

O governante falava no acto de lançamento do "CaféCIPRA", uma iniciativa do Centro de Imprensa da Presidência da República de Angola, para um diálogo directo e aberto entre governantes angolanos e convidados, que se pretende realizar com uma periodicidade quinzenal.

Segundo o ministro, por força da alteração dos últimos anos, nomeadamente a pandemia de covid-19 e o aumento da produção nacional, muitos dos produtos que serviram o sentido de importação via Portugal diminuíram a sua cadência exportadora.

Por sua vez, o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, reiterou a parceria entre os dois países, frisando que Portugal aparece em segundo lugar na lista de importações.

"Nós de maneira nenhuma deixamos Portugal de lado, aliás, na importação Portugal é o segundo maior parceiro de Angola, depois de China", disse o governante, sublinhando que nos últimos 10 anos os dois países têm estado a disputar esta posição.

Mário Caetano João frisou que a China é o maior parceiro, quer nas importações quer nas exportações, domínio onde Portugal ocupa o sexto lugar.

"De maneira nenhuma deixamos Portugal de lado. Portugal de facto é um daqueles parceiros comerciais tradicionais, onde temos estado a averiguar exactamente essas duas componentes primordiais da diplomacia económica, que é investimentos e comércio", disse.

O titular da pasta da Economia e Planeamento destacou que, com Portugal, o Governo angolano consegue fazer a parceria nestas duas vertentes, ao contrário do que acontece com outros países, nomeadamente os fronteiriços, onde só se incrementa o comércio e pouco investimento.

Na introdução desta primeira edição, que serviu para o balanço dos últimos quatro anos da "Diplomacia Económica" desenvolvida pelo Estado angolano e perspectivas, Mário Caetano realçou como ganhos a disponibilização por parte de diversas instituições financeiras de alguns recursos para o sector privado.

"Temos o IFC [International Finance Corporation], o braço privado do Banco Mundial, que tem disponibilizado cerca de 1,2 mil milhões de dólares para o nosso empresariado e até à data tem aprovado cerca de 100 milhões de dólares, não directamente no sector real, mas no sector financeiro", salientou.

Mário Caetano João citou também a linha disponibilizada pelo Deutch Bank com cerca de mil milhões de dólares, com 10 projectos já aprovados, no montante de 340 milhões de dólares.

Em África, o ministro destacou a linha de 120 milhões de dólares, que está a ser operacionalizada pelo Banco de Poupança e Crédito (BPC).

"Este é um resumo, como uma das possíveis janelas da diplomacia económica", indicou.

Durante a interacção, foram apresentadas algumas preocupações, nomeadamente o antigo problema na concessão de vistos de trabalho, como descreveu o presidente da Câmara de Comércio Estados Unidos da América/Angola, Pedro Godinho, bem como o défice de uma força de trabalho qualificada, citado pelo presidente do conselho de administração do Instituto de Gestão de Activos e Participações (IGAPE).

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