"Neste processo de preparação destes lotes, será dada uma atenção especial às mulheres vendedoras ambulantes (conhecidas como zungueiras) e empregadas domésticas, a julgar pelas suas condições sociais e financeiras", explicou o responsável.
A EGTI vai disponibilizar um total de 1116 lotes, localizados nos arredores das centralidades do Kilamba, Sequele, entre outras zonas do país.
De acordo com Pedro Canga Cristóvão, citado pela Angop, a empresa vai investir 19 mil milhões de kwanzas no projecto. Este fundo, ainda composto por valores provisórios, resulta da angariação de verbas através da comercialização de espaços para a auto-construção dirigida ao comércio entre 2019 e 2020.
O responsável não revelou qual será o preço por metro quadrado nem quais serão as datas para o processo de venda. Contudo, explicou que os critérios que estão a ser traçados contam com o apoio de algumas organizações femininas.
Revelou ainda que, para já, cerca de 80 por cento dos pedidos dizem respeito à auto-construção e os restantes 20 por cento são para avançar com a construção de espaços comerciais, igrejas, entre outros.
"Há um forte interesse na aquisição de terrenos para a construção de habitação familiar e para negócios", disse, acrescentando que têm sido registados diariamente entre sete a 15 pedidos.
Para o responsável, estes números demonstram que o sector imobiliário do país está degradado.
As candidaturas serão feitas online ou então directamente na sede da EGTI. Para obter mais informações consulte o site ou o Facebook da EGTI.
O responsável revelou ainda que a EGTI queria, em 2020, ter avançado com a infra-estruturação de 115 lotes em Luanda, dos quais 100 para habitação, mas devido à pandemia de covid-19 teve de suspender os prazos. As acções passaram para o calendário de 2021 e, segundo Pedro Canga Cristóvão, a EGTI prevê durante o primeiro semestre deste ano, colocar à venda todos os terrenos infra-estruturados que tem a seu cargo junto das centralidades da Lunda Norte, Huambo, Bié, Uíge, Namibe e Benguela.
"Pretendemos abrir a comercialização de terrenos a nível do país, sob custódia da Empresa de Gestão de Terrenos Infraestruturados", afirmou.
A infra-estruturação dos terrenos prevê a pavimentação do chão em asfalto, iluminação pública, passeios, ligação a esgotos e arborização.
O custo das infra-estruturas das centralidades, a sua localização e o valor de mercado, vão influenciar o preço dos terrenos infra-estruturados da EGTI, disse, admitindo a possibilidade de pagamento em prestações.