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Líder da JURA acusa polícia de agressão e uso excessivo da força

O secretário-geral da Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA), Agostinho Kamuango, acusou esta Quarta-feira a polícia de ter agredido manifestantes e usado força excessiva para travar uma tentativa de protesto em Luanda.

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"A actuação da polícia foi péssima. Mudou-se de condutor e o carro é o mesmo", disse à Lusa o líder do braço juvenil da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), acrescentando que alguns manifestantes foram presos e outros agredidos.

"Temos companheiros no hospital, outros detidos", afirmou Agostinho Kamuango, acrescentando que foram "recolhidos telefones, carteiras e documentação".

Agostinho Kamuango queixou-se também de "empurrões e ameaças" quando se encontrava junto da Assembleia Nacional e chegou a ser forçado a entrar numa viatura policial, tendo sido libertado logo a seguir.

Entre os feridos estarão também jornalistas, segundo indicou.

Em declarações à Lusa o jornalista da Palanca TV José Kiabolo disse que ele e o seu colega de imagem foram agredidos por agentes da polícia enquanto cobriam a manifestação.

"Eu, particularmente, fui violentamente agredido por vários agentes, estou neste momento com ferimentos nos braços e no pé em consequência da carga policial, o meu colega da imagem também e inclusive danificaram a câmara", contou o jornalista, lamentando a situação.

O objectivo do protesto convocado pela JURA e pela Juventude de Renovação Social (JURS), afiliada ao Partido de Renovação Social era contestar o novo presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Manuel Pereira da Silva, que deverá tomar posse na Assembleia Nacional, esta Quarta-feira.

Agostinho Kamuango adiantou que houve "tumultos" em vários locais nas proximidades da Assembleia Nacional e que, cerca das 13h00, os manifestantes continuavam a ser "escoltados" pela polícia, na Estrada Deolinda Rodrigues em Luanda.

Relatou que pelas 07h30 o perímetro policial estava já estabelecido junto à Assembleia Nacional, pelo que foi necessário encontrar alternativas "para concretizar o objectivo" do protesto.

O líder da JURA disse que seriam cerca de 1500 os jovens que tentavam chegar ao parlamento, mas "a repressão começou nos arredores" e a polícia dispersou a manifestação à força, recorrendo a cães e bastões antes de chegar a acontecer.

O viaduto Zamba II, na Samba, foi uma das zonas mais críticas, devido ao lançamento de gás lacrimogéneo que terá atingido uma escola e estabelecimentos comerciais nas imediações.

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