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Ministro fala de “negociatas” em privatizações no Governo anterior

O ministro da Comunicação Social afirmou Terça-feira que os que estão "furiosos" com a ministra da Saúde, que pretende reverter a privatização de uma empresa feita no anterior Governo, "são os que ganharam em negociatas como a da Angomédica".

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A posição foi assumida pelo ministro João Melo numa mensagem na sua conta na rede Twitter, numa aparente resposta à empresária Isabel dos Santos, que escrevera antes, na mesma rede, que a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, está a ser "alvo de muitas críticas" pelo "silêncio" que tem mantido face às reivindicações da classe médica em Angola.

"A área da Saúde está melhor do que na altura em que o novo governo [do Presidente João Lourenço] assumiu [o poder, em Setembro de 2017]. Só não vê quem não quer. Aqueles que ganharam com as negociatas como a da privatização da Angomédica [que o Governo actual pretende reverter] estão furiosos com a ministra. Os problemas ainda são muitos, mas são resolúveis", escreveu Terça-feira João Melo.

"Ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, alvo de muitas críticas, continua no silêncio e não se pronunciou até agora em relação às manifestações dos médicos e às condições precárias de trabalho, bem como reivindicações dos mesmos para sua demissão", escreveu, por seu lado, na Segunda-feira, Isabel dos Santos.

Em causa estão declarações de Sílvia Lutucuta proferidas Sábado, durante uma visita a várias instituições de saúde na província de Luanda, em que acompanhou o Presidente João Lourenço, e em que anunciou que vai accionar os mecanismos legais para reverter a privatização da empresa de fabrico de medicamentos Angomédica, adquirida pela Fundação Eduardo dos Santos (FESA) em 2014, em "contornos pouco claros".

O anúncio foi feito em plena Central de Compras de Medicamentos e Meios Técnicos (CECOMA), em cujo edifício funcionava a Angomédica, e pela qual paga uma renda mensal de 3,5 milhões de kwanzas à SAINVEST, subsidiária da FESA, excluindo os custos de energia, água e manutenção do edifício.

A ministra angolana da Saúde, porém, não explicou as razões que a levaram a afirmar haver contornos "pouco claros" na privatização da Angomédica.

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