Face aos resultados das últimas eleições gerais, Isaías Samakuva manifestou, a 27 de Setembro, o desejo de deixar a presidência da UNITA, que lidera desde 2003, mas decidiu, a pedido dos militantes, terminar o seu mandato, válido até 2019.
"Eu não darei indicação nenhuma precisamente porque as pessoas candidatam-se livremente e, das seis pessoas que eu penso estarem a movimentar-se no sentido de vir a apresentar candidaturas, eu penso que qualquer um deles pode ser útil", afirmou.
Isaías Samakuva rejeitou adiantar nomes, sublinhando que se trata de observações suas das movimentações no partido porque, "na realidade, ninguém disse claramente que se iria candidatar".
Vários históricos do antigo movimento independentista admitiram nas últimas semanas a possibilidade de concorrerem à liderança do partido fundado por Jonas Savimbi, incluindo o seu próprio filho e actual deputado da UNITA, Rafael Massanga Savimbi, entre outros.
"Muitos companheiros e muita gente me pergunta e até me pede que devia dar uma indicação. Isso é o que me pedem, mas eu não darei nenhuma indicação. Para já e, se calhar, mesmo para depois, salvo se talvez aparecer outra pessoa que ainda não deu sinais de querer fazê-lo e que eventualmente não seja alguém que, na minha avaliação, possa fazer o trabalho como deve ser", completou.
Apesar de afirmar não ter preferências "para já", Isaías Samakuva ressalvou: "Naturalmente vou ter de escolher quem apoiar. Enquanto militante também vou votar, tenho de votar só numa pessoa e não em várias".
