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Economia

Standard Bank afirma que Angola crescerá até dois por cento “nos próximos tempos”

O gabinete de estudos económicos do Standard Bank considera que Angola vai crescer 1,2 por cento este ano e que a expansão económica chegará até aos dois por cento "nos próximos tempos", acrescentando que as previsões governamentais “são optimistas”.

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"O Orçamento do Governo para 2018 mostra que o PIB permaneceu em território positivo em 2016, com um crescimento de 0,1 por cento, evitando a recessão que todos consideravam que tinha ocorrido, tal como indicado pelos dados do Instituto Nacional de Estatística, que mostrava uma contracção de 4,3 por cento até Setembro", escrevem os analistas deste banco com forte presença em África.

"A nossa visão é que a actividade económica vai muito provavelmente ficar limitada, com o Produto Interno Bruto a crescer menos de dois por cento nos próximos tempos", segundo o relatório enviado aos investidores, e a que a Lusa teve acesso.

No documento, que analisa os números recentes e as perspectivas futuras de evolução da economia, os analistas dizem que "apesar de uma melhoria na previsão de evolução dos preços do petróleo, a procura agregada vai provavelmente continuar a ser negativamente influenciada pela necessidade de manter uma política monetária restritiva para combater a subida da inflação e acomodar as alterações desejadas para o mercado da moeda externa".

As limitações na diversificação também deverão pesar negativamente na economia, "com o sector petrolífero a continuar exposto às fracas condições de operação e as quotas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo a restringirem também a produção petrolífera".

Angola espera aumentar a produção de petróleo em seis por cento entre 2018 e 2023 para 1,6 milhões de barris por dia, mas isto, diz o Standard Bank, "requer um impressionante nível de investimentos para acrescentar 536 mil barris por dia à capacidade de produção dos campos em declínio, que retiram 635 milhares à capacidade actual".

Este cenário, concluem os analistas, "ilustra a necessidade de imprimir mais diversificação na economia, o que parece ser uma grande prioridade para o novo Governo", mas o país "está a ver que é difícil diminuir a dependência do petróleo, cujas exportações continuam a valer mais de 90 por cento do total".

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