A informação foi avançada pelo vice-presidente e tesoureiro da instituição financeira mundial, o chinês Jingdong Hua à saída do encontro que manteve Quarta-feira, em Luanda, com o Ministro das Finanças, Archer Mangueira.
De acordo com o Ministério das Finanças, Jingdong Hua apontou o exemplo de países como a Nigéria, a Zâmbia e o Ruanda, cujos empreendedores foram financiados com moeda local, e lembrou ainda que a China, ao Brasil, ao México e à Índia, o IFC também concedeu apoios financeiros nas suas moedas locais.
“O objectivo é fazer com que os empresários angolanos possam gerar receitas na moeda local, já que a questão das divisas é volátil", afirmou Jingdong Hua, que defendeu para o nosso país um mercado de capital activo e dinâmico para servir de veículo às poupanças obtidas, sobretudo, no sector industrial.
O responsável da instituição financeira do grupo BM manifestou interesse em colaborar com o Executivo na execução de uma série de projectos, trabalhando com o Banco Nacional de Angola (BNA), Comissão de Mercado de Capitais (CMC) e o sector bancário privado.
Jingdong Hua disse que nota grandes desafios no país, com vista a um crescimento económico sustentável, e referiu que através do agro-negócio e do fomento da agricultura, o país poderá diminuir as importações de alimentos e a pressão da procura de divisas.
O vice-presidente e Tesoureiro do IFC disse ainda que esta instituição financeira pretende, também, realizar um estudo para diagnosticar a actual situação do sector privado, passando pela aprovação de um quadro legal.
A delegação do IFC que termina a visita ao país esta Sexta-feira, está a recolher informações detalhadas sobre o sector privado no país, para depois de uma análise e avaliação enviar uma equipa a Angola, que vai validar toda a informação existente e prestar o apoio necessário.
De salientar que o IFC trabalha com mais de 2000 negócios em todo mundo e usa o capital, conhecimento e influência para criar mercados e oportunidades em diferentes zonas do mundo.
Em 2017 a instituição disponibilizou mais de 19 mil milhões de dólares em financiamentos de longo prazo a países em desenvolvimento, com o objectivo de alavancar o poder do sector privado, para que este possa ajudar a acabar com a pobreza.
