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Saúde

Malária: bióloga angolana poderá ter descoberto forma de travar a doença

Ana Rita Mogas, bióloga angolana que apresentou em Dezembro a sua tese de mestrado, poderá ter encontrado uma arma eficaz para travar a malária, doença mortífera que afecta o país.

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O estudo realizado pela bióloga, no âmbito do mestrado em Ciências do Mar - Recursos Marinhos, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, Portugal, confirmou que o uso de pesticidas, combinado com a utilização de peixes que se alimentam de larvas, constitui "mais uma ferramenta válida e com um significativo potencial" no combate à propagação da malária.

Segundo o Novo Jornal, a bióloga refere, na sua tese de dissertação, que a ideia principal do estudo foi associar pesticidas que matam larvas de mosquito, eventualmente portadores do plasmódio, a peixes larvívoros e testar a eficácia desta mistura no combate ao mosquito transmissor da malária, que continua a ser uma das doenças que mais mortíferas a nível mundial.

Ana Rita defende que a estratégia de combate à malária, com o recurso apenas a insecticidas, provou não ser a mais indicada, não só porque não tem sido capaz de aniquilar o vector de transmissão da doença, a fêmea de mosquito Anopheles, como o uso indiscriminado do DDT, o insecticida mais utilizado neste combate, tem conduzido ao "aparecimento de animais resistentes ao seu modo de acção, que continuam assim a disseminar a doença".

A bióloga optou por combinar o uso de insecticidas ao controlo biológico da propagação da doença, através da utilização de peixes que vão comer as larvas do mosquito, que resistem ao produto químico, uma ideia inovadora e promissora.

"Enquanto os insecticidas aniquilam larvas e mosquitos adultos, os peixes alimentam-se das larvas resistentes evitando assim o aparecimento de novos indivíduos portadores da doença", explica a mestre em Ciências do Mar, notando que a viabilidade desta estratégia passou por investigar qual o insecticida que se apresenta menos nocivo para o ambiente, e com o menor impacto sobre os peixes, uma vez que é necessário mantê-los em condições de saúde óptimas, de modo a manterem inalterado o seu apetite.

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