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Endiama prevê início de produção em nova mina de diamantes ainda este mês

A Endiama prevê arrancar ainda em Fevereiro com a actividade em mais uma mina de diamantes na província da Lunda Sul, no interior norte de Angola, informou o presidente do conselho de administração da empresa estatal.

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O país atingiu em 2015 um novo recorde de produção de diamantes, com 8,837 milhões de quilates, que renderam ao país 1,1 mil milhões de dólares, marca que a Empresa Nacional de Diamantes de Angola prevê incrementar este ano, com o lançamento de novos projectos.

"Este mês, provavelmente, vamos inaugurar a mina do Tchegi, uma pequena mina aluvionar que descobrimos na Lunda Sul, que vai nos servir bastante em termos de aumento de emprego", reconhece o presidente da Endiama, Carlos Sumbula, questionado pelo Lusa sobre os investimentos que estão a ser feitos no sector diamantífero angolano.

Trata-se de uma área de prospecção e produção superior a 635 quilómetros quadrados, conforme informação transmitida no arranque deste projecto, já em 2012, e que representou então um investimento superior a 23 milhões de dólares e que poderá empregar 120 trabalhadores.

"Temos estado a fazer investimentos pequenos à medida que vamos descobrindo pequenas minas", reconheceu ainda Carlos Sumbula, recordando a baixa da cotação internacional do diamante, que só em 2015 representou uma perda de receitas para Angola à volta de 200 milhões de euros, apesar do aumento da produção.

"Temos também o kimberlito Tchiuso, que em princípio devia ser o primeiro a entrar em serviço, mas o facto de ser uma mina de diamantes industriais está a levar-nos a fazer uma reflexão, na medida em que tivemos uma crise mundial de diamantes, os preços baixaram. Assim sendo, não deveríamos arrancar com um kimberlito que tem diamantes industriais", explicou o presidente da Endiama.

Segundo Carlos Sumbula, a análise a este projecto está a ser feita em conjunto com o Ministério da Geologia e Minas "para ver como poderemos efectivamente avançar com o Tchiuso". "Em termos de prospecção, continuamos a fazê-la, estamos a ter investidores que cá querem vir, porque todo o mundo sabe que no subsolo angolano jazem kimberlitos importantes. E então, a actividade prospectiva está a continuar o seu curso, como tínhamos programado", admitiu Carlos Sumbula.

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