A informação consta do relatório semanal do BNA, divulgado hoje, sobre a evolução dos mercados monetário e cambial entre 27 de Fevereiro e 3 de Março, e surge após os 348,6 milhões de euros e os 182,3 milhões de euros das duas semanas anteriores.
Segundo o documento, consultado pela Lusa, as divisas disponibilizadas - mantêm-se em euros há um ano -, em vendas directas equivalentes a 457,3 milhões de dólares, cobriram as necessidades de importação de bens alimentares (90,1 milhões de euros) e também operações dos sectores da Indústria (78,7 milhões de euros), do Petróleo (89,5 milhões de euros) e para importação de peças e acessórios para o sector dos transportes (nove milhões de euros).
Foram igualmente disponibilizadas divisas para a cobertura das necessidades de importação de medicamentos (13,6 milhões de euros) e para operações dos Órgãos do Estado (15,6 milhões de euros), além do sector da Hotelaria e Turismo (4,5 milhões de euros).
O BNA vendeu ainda divisas para garantir a actividade das Casas de Câmbio (5,4 milhões de euros) e das empresas operadoras de remessas para o exterior (4,5 milhões de euros), além de voltar a disponibilizar moeda estrangeira para o envio de salários de trabalhadores expatriados para os países de origem (26,8 milhões de euros).
A taxa de câmbio média de referência de venda do mercado cambial primário, apurada pelo banco central no final da última semana, desceu ligeiramente, para os 166,733 kwanzas por cada dólar e para os 186,283 kwanzas por cada euro.
No mercado de rua, a única alternativa, embora ilegal, face à falta de divisas aos balcões dos bancos, cada dólar norte-americano custa menos de 400 kwanzas, uma forte quebra que já dura há várias semanas consecutivas.
