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Egípcios constroem centrais eléctricas por mais de 370 milhões de dólares

O grupo egípcio El Sewedy Electric vai montar em Angola equipamentos para centrais termoeléctricas, negócio avaliado em 372,9 milhões de dólares, conforme decisão governamental a que a Lusa teve acesso.

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O primeiro dos três contratos autorizados por despachos presidenciais de 28 de Janeiro é referente à instalação de equipamentos geradores de 19,6 MegaWatts (MW) de energia eléctrica na central de Saurimo, província da Lunda Sul. Nesta central termoeléctrica serão instalados pela subsidiária da Egyptian Industries (EI) sete grupos geradores por 34,8 milhões de dólares.

Na central termoeléctrica do Camama, em Luanda, serão instalados quatro grupos geradores para produzir mais 100 MW de electricidade e na província do Huambo desmanteladas e remontadas duas turbinas de 100 MW, num negócio global, a realizar pela El Sewedy Electric, por 226,5 milhões de dólares.

O terceiro contrato diz respeito à aquisição ao grupo egípcio da instalação de 50 MW de potência eléctrica, com duas turbinas, na central termoeléctrica do Cazenga (Luanda) e desmontagem de uma turbina de 25 MW na central de Viana (Luanda) e remontagem no Lubango, província da Huíla, no sul, por 111,5 milhões de dólares.

A empresa El Sewedy Electric divulgou esta semana que tem um contrato de 484,5 milhões de dólares com o Estado angolano para construir, este ano, três centrais eléctricas, admitindo que o negócio ainda não estava em efectividade por necessitar da aprovação governamental, agora concretizada.

Para suprir o défice energético no país, o Governo tem em curso vários projectos que vão elevar a produção, nomeadamente obras em duas barragens. É o caso do Aproveitamento Hidroelétrico de Laúca, no município de Cambambe (Cuanza Norte), no valor de 4,3 mil milhões de dólares, envolvendo financiamento da linha de crédito do Brasil, e que a partir de 2017 vai produzir 2070 MW e servir cinco milhões de pessoas.

Outra das obras envolve, por 1,4 mil milhões de dólares, o reforço da potência do Aproveitamento Hidroeléctrico de Cambambe, no mesmo município, que vai passar dos actuais 180 MW - desde a inauguração em 1963, no tempo colonial português - para 700 MW e que entra em funcionamento, faseadamente, durante o segundo semestre de 2016.

Já a futura central de ciclo combinado do Soyo, cuja construção está a cargo do grupo China Machinery Engineering Corporation (CMEC), e que vai custar ao Estado mais de 850 milhões de dólares, permitirá garantir electricidade à capital, Luanda, e ao norte de Angola até 2017.

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