De acordo com um relatório do banco central, o crédito concedido até final de 2014 cifrava-se em 3.205 milhões de kwanzas, pelo que durante o último ano esse volume cresceu, à taxa de câmbio actual, mais de 2,4 mil milhões de dólares.
Do total de crédito concedido em 2015, cerca de 725,3 mil milhões de foram para o sector do comércio por grosso e retalho, logo seguido pelas actividades ligadas aos serviços colectivos, sociais e pessoais, com 514 mil milhões de kwanzas e ao imobiliário e serviços de construção, com 498 mil milhões de kwanzas.
O nosso país vive uma crise financeira, económica e cambial, decorrente da forte quebra da cotação internacional do barril de crude, que motivou uma descida para metade nas receitas fiscais com a exportação de petróleo e por consequência na entrada de divisas no país, condicionando toda a actividade económica.
Os últimos dados sobre a banca angolana referem-se a 2014, ano em que os lucros caíram para metade, influenciados pela situação no ex-Banco Espírito Santo Angola (BESA), segundo a análise que a consultora Deloitte apresentou em Setembro último, em Luanda.
Angola contava em 2014 com 23 bancos e o resultado líquido do sector caiu para 45,4 mil milhões de kwanzas, comparando com o ano anterior, devido ao 'caso BESA', que foi transformado em Banco Económico, após intervenção do BNA.
O estudo da Deloitte refere ainda que o crédito líquido a clientes em Angola aumentou 8 por cento face a 2013, ultrapassando, em valores agregados, os 2,930 biliões de kwanzas. Contudo, o crédito vencido também disparou, 11,2 por cento, e ascendeu a 14,5 por cento do total, equivalente a cerca de 2,7 mil milhões de dólares.