Segundo Tiago Lisboa, responsável das infra-estruturas da Lobito Atlantic Railway (LAR), concessionária do CFB, na noite de Quarta-feira, o maquinista deu a conhecer a ocorrência, que impediu a circulação do comboio, que transportava 62 passageiros, a partir do Luau, província do Moxico, para Benguela.
Tiago Lisboa avançou que as equipas se deslocaram ao local para averiguar a situação, constatando que no troço Mina-Cango havia três pontos vandalizados, numa extensão de 119 metros de fixações.
O responsável destacou o risco iminente de descarrilamento e de acidente, sendo "impraticável" a passagem de qualquer tipo de comboio.
"Tivemos um dano financeiro na ordem de 45 milhões de kwanzas e transtornos operacionais", referiu.
Por sua vez, o director de operações do CFB, Fábio de Carvalho, referiu que a empresa pública e o consórcio LAR vão prestar maior atenção nestas "zonas de baixa comunicação" e reforçar o apelo à Polícia Nacional para garantir maior vigilância nesses troços.
Fábio de Carvalho avançou que foram vandalizados grampos e roscas que fixam as linhas, colocando em risco a circulação não só dos comboios de passageiros, como também do transporte de mercadorias da LAR, com "material químico perigoso".
O director de operações do CFB frisou que a empresa tem levado a cabo campanhas de sensibilização desde 2023, para uma maior cultura de denúncia destes actos.
O CFB, com 1344 quilómetros, liga as províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico.
Recentemente, o Governo aprovou a lei dos crimes de vandalismo de bens e serviços públicos em Angola, que prevê uma pena de prisão entre três e 25 anos, para quem vandalize bens e serviços públicos.