Os quatro cidadãos chineses lideravam a rede de mineração – processo que tem o objectivo de validar e adicionar registos de novas transacções – de moedas virtuais e os angolanos estavam na condição de trabalhadores neste estaleiro, onde estão instalados três pontos de transformação de energia eléctrica ligados à rede pública, disse.
A informação foi transmitida esta Sexta-feira pelo director do gabinete de Comunicação Social e Imprensa do SIC, superintendente-chefe Manuel Halaiwa, dando nota que os suspeitos desenvolviam esta actividade ilegal em Angola no município do Sequele, em Luanda.
Halaiwa detalhou que os postos de energia eléctrica, "devidamente escondidos no local", alimentavam duas naves com centenas de processadores de mineração de criptomoedas.
A lei sobre a mineração de criptomoedas e outros activos virtuais, aprovada em Dezembro de 2023 no país, estabelece penas de prisão de um a cinco anos para quem estiver em posse de material informático para a mineração e prisão de três a doze anos para quem minerar criptomoedas e outros activos virtuais.
Este diploma legal estabelece igualmente pena de prisão de três a doze anos para quem fizer a ligação de equipamentos de mineração de criptomoedas e outros activos virtuais ao Sistema Eléctrico Nacional.
O fenómeno de mineração de moedas tem sido reportado pelas autoridades policiais no país com a detenção dos seus actores, maioritariamente emigrantes asiáticos.