A noite iniciou-se com um jantar organizado para fechar as festividades do Dia da Cultura Nacional, que se assinalou esta Quarta-feira.
"Sentado à mesa com o governador anfitrião, Pereira Alfredo, a ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança, e o ministro da Cultura, Filipe Zau, o Chefe de Estado testemunhou, durante o acto, diferentes momentos, como o da homenagem a ícones da música já falecidos (Jacinto Tchipa, Justino Handanga, Vini Vini e outros) e o da entrega de diplomas a figuras destacadas do processo criativo em domínios como a literatura e a música, muitas delas a título póstumo", refere a Presidência da República, em comunicado a que o VerAngola teve acesso.
Já num segundo momento, a 'noite mágica' contou com uma gala, que decorreu no Centro Cultural Manuel Rui, no Huambo.
A gala foi "um fecho apoteótico do programa comemorativo do Dia da Cultura Nacional, que o Presidente da República fez questão de ver in situ, prestigiando de maneira soberba a noite que será sempre de grandes memórias para todos", aponta a Presidência, noutra nota a que o VerAngola teve acesso.
No início do evento, o ministro da Cultura, Filipe Zau, subiu ao palco para um discurso, "de recurso à história da criação em Angola e de como ela se construiu, viajando por séculos e nomes proeminentes que a academia tem o dever de lembrar e ensinar".
Este 8 de Janeiro, celebrado no ano em que Angola celebra 50 anos de independência, ficou ainda marcado pelo facto de o ministro da cultura ter entregue a João Lourenço o certificado de classificação dos SONA na lista representativa do património cultural imaterial da humanidade pela UNESCO.
"Das mãos do ministro, o Presidente João Lourenço recebeu o certificado de classificação dos SONA - Desenhos e Figuras Geométricas sobre Areia, na lista representativa do património cultural imaterial da humanidade, pela UNESCO", lê-se no comunicado, que acrescenta que o chefe de Estado subiu ao palco e "em curtas palavras celebrou a conquista fantástica do povo angolano, mais uma depois de Mbanza Kongo mundialmente consagrada", tendo apelado ao trabalho que todos juntos devem "continuar a fazer para que mais vitórias nesse terreno se juntem" ao "espólio de glórias enquanto nação".
Depois disso, chegou o momento cultural com performances protagonizadas pelo Grupo Katiavala, Edna Mateia, entre outros.
"Depois foi a noite tomada pela magia e a perfeição do Grupo Katiavala, mulheres do Huambo organizadas num grupo que bebe da ancestralidade para mostrar quem somos, dançando sobre o palco descalças e vigorosas, de rasgados sorrisos sempre", aponta a nota.
Seguiu-se a performance de Edna Mateia, o "humor desabrido do General Foge a Tempo com a sua participação improvável em mil guerras e batalhas antigas, para o ciclo fechar com Ndaka Yo Wini, um arranjista".
"Em síntese, o Huambo ofereceu a Angola uma noite digna da acção dos libertadores que construíram, a golpes de coragem e heroísmo sem limites, o 11 de Novembro de 1975", completa o comunicado.
Recorde-se que João Lourenço se deslocou ao Huambo nesta Quarta-feira com o intuito de 'viver a festa' da cultura.
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