Segundo um comunicado do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, a que o VerAngola teve acesso, a escola – erguida pela Endiama, no quadro da sua responsabilidade social – conta com 15 salas de aulas "com capacidade para 2025 alunos distribuídos em três turnos", tendo custado 2,3 milhões de dólares.
Sobre a escola, Ganga Júnior, presidente do Conselho de Administração (PCA) da Endiama, citado na nota, disse estarem "cientes de que há muitas dificuldades", estando "empenhados" e a "procurar minimizar alguns".
O responsável disse ainda ter conhecimento de que existem "mais de 10.000 crianças fora das escolas normais na Lunda Sul e outras superlotadas", levando-o a comprometer-se em "ajudar a minimizar a situação".
Já a fábrica de lapidação contou com um investimento na ordem dos 5,5 milhões de dólares. "A fábrica de lapidação de diamantes ROBUST DIAM, LDA. é propriedade da ROBUST DIASTAR DMCC – 51 por cento e Endiama – 49 por cento. O investimento global é de 5,5 milhões de dólares e possui uma capacidade instalada de 96 mil quilates por ano e uma média mensal de 8 mil quilates", lê-se no comunicado.
A construção da unidade fabril, acrescenta o comunicado, permitiu criar 200 empregos, esperando-se "um volume de negócios entre 80 a 100 milhões de dólares no primeiro ano de actividade".
Orçada em 2,7 milhões de dólares, a unidade de processamento de merenda escolar irá, numa primeira fase, produzir 35 mil unidades de merendas escolares diariamente.
"O ministro Diamantino Azevedo inaugurou igualmente uma unidade de processamento de leite de soja e pães (merenda escolar), enquadrada nos esforços de responsabilidade Social da Sociedade Mineira de Catoca. A fábrica vai, numa primeira fase, produzir 35 mil unidades de merendas escolares por dia, podendo atingir 60 mil que é a sua capacidade instalada", lê-se no comunicado.
Os principais beneficiários das merendas fabricadas na unidade, que empregou 52 jovens, serão as escolas de Saurimo, centros de acolhimento, instituições religiosas, entre outros de carácter social, refere a nota.
Entre outros aspectos, ao falar na ocasião, Diamantino Azevedo reiterou a necessidade de se criar a Bolsa de Diamantes, visando a dinamização do mercado do subsector diamantífero, bem como o apoio à diversificação da economia do país.
Além disso, entre as novidades indicou a edificação de um Pólo de Desenvolvimento Diamantífero na Lunda Sul, tendo ainda convidado investidores a acolher a oportunidade de negócio e investir em unidades fabris de lapidação de diamantes, tal como na formação de jovens e materialização do seu primeiro emprego, escreve a Angop.
Diamantino Azevedo considerou que no ano passado se registou "um fraco desempenho da indústria mundial de diamantes", sendo preciso atenção às mudanças para se trabalhar "no sentido de garantir a autenticidade e continuar a agregar valor aos diamantes nacionais".
"Em 2023, houve um fraco desempenho da indústria mundial de diamantes, por isso, devemos estar atentos a essas mudanças e trabalhar, no sentido de garantir a autenticidade e continuar a agregar valor aos diamantes nacionais brutos e lapidados", disse, acrescentando que perante esse cenário a tutela avançou com a implementação provisória de medidas de estímulo à lapidação de diamantes no país.
"O nosso objectivo é aumentar a quantidade de diamantes lapidados no nosso país e garantir a sua qualidade, para que possamos competir de forma eficaz a nível regional e também começar a marcar espaço no mercado internacional", apontou, citado pela Angop.
Refira-se que na cerimónia de inauguração também estiveram presentes Ganga Júnior, PCA da Endiama, Daniel Neto, governador da Lunda Sul, Pacheco Francisco, secretário de Estado para o Ensino, entre outros.
