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Laurindo Vieira: três suspeitos em prisão preventiva e dois soltos

Um juiz de garantias decidiu manter em prisão preventiva três suspeitos no envolvimento na morte de Laurindo Vieira e decidiu soltar outros dois, que ficaram sujeitos a caução e apresentações periódicas às autoridades.

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Sobre a decisão de colocar em liberdade os dois indivíduos, Manuel Halaiwa, porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC), explicou que o seu envolvimento no caso tem por base a compra do telemóvel que era de Laurindo Vieira.

"Relativamente à soltura dos arguidos (...), estes estão envolvidos no crime de receptação, e entenda-se aqui a receptação a compra de bens com proveniência duvidosa e/ou roubados, pelo facto" de um dos arguidos "ter comprado um dos telemóveis da vítima das mãos do seu primo (...), que tinha a missão de identificar os cidadãos que faziam levantamentos avultados", explicou, citado pela Rádio Nacional de Angola (RNA).

O porta-voz do SIC acrescentou que o juiz de garantias "ordenou a soltura dos dois receptadores para aguardarem a tramitação do processo em liberdade porque a sua soltura em nada atrapalhará o decorrer da instrução".

Desse modo, adiantou, citado pela RNA, a um dos indivíduos colocados em liberdade "foi-lhe arbitrada a caução de um milhão de kwanzas", enquanto ao outro uma no valor de 200 mil kwanzas, estando "ambos com a obrigação de apresentar-se de 15 em 15 dias aos órgãos de polícia criminal".

"Quanto aos detidos (...), o juiz manteve a prisão preventiva, ou seja, foi-lhes aplicada a medida de coacção pessoal mais gravosa, a de prisão preventiva, por haver fortes indícios de terem cometido os crimes que levaram à sua detenção", afirmou Manuel Halaiwa, acrescentando que "processo vai seguir em sede de instrução".

Restos mortais de Laurindo Vieira já estão no cemitério da Santa Ana

Os restos mortais de Laurindo Vieira já se encontram no cemitério da Santa Ana, na capital. Segundo a Angop, o funeral decorreu nesta Terça-feira, tendo estado presentes amigos, família e colegas, que enalteceram o sociólogo.

"É uma perca para a comunidade académica, mas vamos continuar o seu legado para dignificar o trabalho educativo, formação de estudantes e superação de muitos professores", disse Carlos Yoba, contemporâneo de Laurindo Vieira, citado pela Angop.

Recorde-se que o sociólogo e também reitor da Universidade Gregório Semedo morreu, na semana passada, após ter sido baleado na zona do Patriota, município do Talatona.

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