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Rio Tinto investe 5,7 milhões de dólares para prospecção de metais em Angola

A Rio Tinto assinou, esta Quarta-feira, com o governo angolano um contrato de investimento mineiro no valor de 5,7 milhões de dólares para a prospecção de metais básicos, especificamente cobre, cobalto, zinco, titânio e alumínio.

: Facebook Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola
Facebook Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola  

No acto de assinatura do contrato entre o Estado angolano e a multinacional anglo-australiana, em Luanda, Mara Oliveira, membro da comissão negocial, adiantou que este processo começou a 8 de Novembro de 2023 e a concessão envolve uma área de 9887 quilómetros quadrados na província do Moxico, sendo a participação do Estado em espécie (0,1 por cento do produto obtido).

Para o director geral da Rio Tinto em Angola, Canga Xiaquivuila, este é um novo ciclo da presença desta multinacional em Angola, que, além de estar no sector dos diamantes "vai passar a operar um recurso fundamental para a transição energética".

Os metais básicos são usados, por exemplo, na produção de energias limpas e constituem factor de diversificação da actividade mineira.

A Rio Tinto é a terceira multinacional a investir nesta área no Moxico, juntando-se à Anglo-American e à canadiana Ivanhoe Mines, adiantou o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.

"Estamos efectivamente a diversificar o sector mineiro e a contribuir para a diversificação da nossa economia em geral", afirmou o governante, sublinhando que este se tem caracterizado, em Angola, essencialmente pela actividade diamantífera e rochas ornamentais, mas começa a haver também produção de ouro e outros minerais poderão juntar-se aos que já estão a ser explorados.

Questionado sobre se a Rio Tinto espera assinar outros contratos em breve, Canga Xiaquivuila, afirmou que a empresa está sempre em busca de outras oportunidades.

"Estamos em Angola e estamos aqui para ficar", salientou, apontando potencial, por exemplo, nas areias pesadas (areias que permitem a extracção de metais como ilmenite, rútilo e zircão, usados em várias indústrias tecnológicas), que a Rio Tinto explora já na África do Sul e que foram já identificadas no sudoeste de Angola.

Os contratos mineiros desenvolvem-se em várias fases, sendo a primeira de prospecção, até cinco anos, com possibilidade de prorrogação por mais dois, e enquanto a fase de exploração é de 35 anos, mas pode também prolongar-se.

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