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Indústria de petróleo e gás com perspectivas positivas em 2024. Em Angola, ano será de “consolidação”

A indústria global de petróleo e gás apresenta perspectivas positivas para 2024, depois de ter arrancado de forma sólida este ano, cujo impulso passou pela “robustez financeira” e por “elevados preços do petróleo”. As conclusões são de um estudo da Deloitte, que prevê que este ano seja de “consolidação” para Angola.

: Facebook Sonangol - Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola
Facebook Sonangol - Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola  

Sobre o contexto desta indústria em Angola, Frederico Martins Correia, partner da Deloitte para o sector de Energia, Recursos e Indústria, afirmou que 2024 "deverá ser de consolidação".

"O ano de 2024 deverá ser de consolidação. A saída da OPEP permite manter o objectivo de incremento de produção e superar o valor médio de 1,2 M barris/dia", disse, citado num comunicado remetido ao VerAngola.

"Por outro lado, apesar de os investimentos no sector estarem a ser muito escrutinados, a ANPG tem garantido contratos chave para o sector em novos campos offshore, onshore e campos marginais de actuais concepções. Por último, o Orçamento Geral do Estado foi realizado com base no preço referência do Brent inferior a 70 dólares, o que dá alguma tranquilidade em relação a possíveis flutuações", acrescentou.

Em termos globais, de acordo com o estudo – designado Oil & Gas Industry Outlook 2024 e que, por ano, faz uma avaliação às perspectivas para o sector –, as projecções apontam "que o nível de investimento em hidrocarbonetos atingirá os 580 mil milhões de dólares", correspondendo a "um aumento significativo de 11 por cento" face ao ano anterior.

"A estimativa é que sejam gerados mais de 800 mil milhões de dólares em fluxos de caixa livres ao longo do ano", adianta a nota.

Já em termos económicos, acrescenta o comunicado, qualquer oscilação do dólar face a outras moedas, "combinado com a trajectória da actividade industrial e consumo da sociedade civil", poderá impactar a inflação, acabando por influenciar também os preços da energia este ano.

"No entanto, a solidez financeira da indústria implica expectativas elevadas por parte dos investidores, reguladores e de outros stakeholders, que esperam avanços na redução de emissões, o reforço do investimento em energias de baixo carbono e ganhos mais elevados para os accionistas", lê-se na nota, que refere ainda que este panorama "promete ser um catalisador para que a indústria se foque ainda mais na redução de emissões e no desempenho económico".

Entre outros aspectos, são ainda apontadas cinco tendências "que se espera venham a desempenhar um papel crucial na definição das estratégias e das prioridades das empresas de petróleo e gás" este ano. São elas a transição energética (alocação prudente de capital e execução eficaz de políticas de energia limpa), os minerais críticos (participação activa na transição energética, assegurando uma posição estratégica na cadeia de abastecimento para enfrentar riscos do mercado final), o comércio global de energia (a interacção da OPEP e dos seus parceiros na gestão dos fornecimentos de energia, junto com a situação no Médio Oriente, pode influenciar de forma significativa o equilíbrio da oferta e da procura de petróleo e gás), o investimento em tecnologia (implementação da Inteligência Artificial generativa para promover soluções inovadoras e maior criação de valor) e ainda o subsector de refinação e distribuição (renovação da indústria de refinação em alinhamento com os padrões da procura, promovendo a eficiência e a sustentabilidade).

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