Segundo um comunicado da administração municipal do Cubal, a que o VerAngola teve acesso, a infra-estrutura está orçada em 250 mil dólares e é suportada por cerca de meia centena de painéis solares.
"A inauguração do empreendimento avaliado em 250 mil dólares, suportado por 51 painéis solares, cujo sistema no seu todo, de última geração, coube ao presidente do Conselho Executivo da Sonagás, Manuel Barros, que se fez acompanhar de altos funcionários do seu pelouro e do Ministério dos Petróleos e Recursos Naturais, Manuel Xavier Júnior, facto este testemunhado pelo administrador municipal do Cubal, Paulino M'Binguela Banja", lê-se no comunicado.
Na ocasião, Manuel Barros realçou a importância do arranque deste sistema, por "sinal o primeiro no país a ser instalado numa das unidades de enchimento de gás", tendo ainda avançado que "a entrada deste empreendimento tem por finalidade a redução dos custos operacionais e as emissões de gases com efeito de estufa", refere ainda a nota.
Assim, Manuel Barros apontou, citado pela Angop, que o começo da actividade deste sistema permitirá consumir menos 18 mil litros de gasóleo anualmente, bem como poupar mais de 150 mil dólares com a obtenção de geradores.
O funcionamento da instalação, de acordo com o responsável, terá por base a energia renovável, sendo que até então a infra-estrutura de enchimento estava unicamente dependente de geradores, que neste momento se encontram parados.
Relativamente à produção de energia, o responsável esclareceu que de dia o sistema vai gerar energia suficiente para responder à demanda da instalação, enquanto durante a noite, a energia vai ser assegurada pelo sistema de armazenamento em baterias, escreve a Angop.
Falou ainda sobre as pretensões da Sonangol, referindo que a empresa quer, até 2027, ver implementados projectos para chegar a uma capacidade de produção de energia de 427 megawatts.
Já o administrador municipal do Cubal considerou que o "acto constitui um marco ímpar para esta localidade", uma vez o projecto está alinhado aos "desafios de desenvolvimento ligados a energia limpa, sendo uma acção que contribuí" para a conservação do meio ambiente.
"Este é o caminho a seguir para o bem do meio ambiente", disse, citado no comunicado da administração municipal.
Saliente-se que a mini instalação do Cubal apresenta uma capacidade de produção de mais de 3500 garrafas de gás por dia, sendo que o "remanescente tem sido transferido para as províncias do Bié, Huambo e arredores".
Refira-se ainda que, nesta Quarta-feira, quadros da Agência Nacional de Petróleo e Gás estiveram no Cubal para identificarem possíveis produtores de biocombustíveis. "A Agência Nacional de Petróleo e Gás fez deslocar alguns dos seus dirigentes e quadros ao nível do município do Cubal para in sito poder avaliar a possibilidade de produzirem culturas como milho, rícino e a cana para produção de bicombustível. Essa agência está nesta fase a fazer um levantamento e ver em que localidades é possível também produzir combustíveis a partir de culturas agrícolas (...)", apontou o administrador municipal adjunto do Cubal para o sector técnico, infra-estrururas e serviços comunitários, António Andrade, citado pela Rádio Nacional de Angola.
