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Arroz eleito como cultura bandeira para campanha agrícola 2023/2024

João da Cunha, secretário de Estado para a Agricultura, informou que o arroz foi eleito como cultura de bandeira para a campanha agrícola de 2023/2024, tendo reafirmado o apoio do Governo à produção deste cereal em Angola, visando colocar ‘um travão’ nas importações deste produto.

: Facebook Governo Provincial de Benguela
Facebook Governo Provincial de Benguela  

Citado num comunicado do Governo Provincial de Benguela, a que o Verangola teve acesso, o responsável – que falava no âmbito da apresentação do "resultado de experimentos com arroz de sequeiro em terras altas, iniciado a 18 de Outubro de 2023", que decorreu no Dombe Grande, município da Baía Farta, província de Benguela, numa palesta alusiva ao dia do Campo do Arroz de Terras Altas –, considerou igualmente que o arroz "é hoje um alimento de extrema importância na cesta básica para alimentar as populações angolanas".

O secretário de Estado referiu ainda que para o Ministério da Agricultura e Florestas "esta actividade representa um marco importante, tendo em conta os resultados de um ensaio que está a ser feito como uma cultura fundamental para o país, que é o arroz".

Além disso, o responsável aproveitou ainda para reiterar o apoio do Executivo à produção deste cereal em Angola, no sentido de contribuir para a diminuição dos seus níveis de importação. Citado pela Angop, entre outros aspectos, referiu que relativamente a esse apoio se destaca a assistência técnica, diminuição do preço dos insumos agrícolas e ainda o financiamento.

Na ocasião, também falou a pesquisadora brasileira, Flávia Botelho, da Universidade Fideral de lavras (UFLA), responsável pelos ensaios. Citada no comunicado do governo provincial, a responsável ressaltou que as "20 linhagens elites pertencentes ao experimento demonstraram desempenhos surpreendentes, considerando o facto de que foram desenvolvidas num ambiente distinto das condições angolanas".

"Porém, com o comportamento agronómico igual ou superior ao observado no Brasil", acrescentou.

A especialista disse ainda que "o evento serviu para demonstrar todo o potencial da cultura do arroz de terras altas em Angola, que introduziu a forma de condução e manejo da mesma", tendo ainda acrescentando que "o aumento da diversidade de alimentos, aliado também, a outra opção de fonte de renda e sobretudo a segurança alimentar e combate à fome são dentre outras metas a atingir", lê-se no comunicado.

Na ocasião, recordou ainda que as linhagens foram semeadas a 18 de Outubro do ano passado, sendo que em Dezembro, com 56 dias, "já apresentavam as primeiras panículas, obtendo genótipos com ciclo final de menos de 90 dias", facto que considerou relevante "para a incorporação da referida cultura no sistema de produção angolana".

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