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PCA da Sonangol diz não ver “grandes empresas petrolíferas a abandonarem” Angola

O presidente do Conselho de Administração (PCA) da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, disse não lhe parecer que “no curto/médio prazo” tenham “as grandes empresas petrolíferas a abandonarem as suas operações em Angola”.

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O responsável, em entrevista à Reuters, citada pelo Jornal de Negócios, salientou igualmente que um bom indicador disso mesmo é o facto de "algumas dessas concessões" terem sido "prorrogadas por mais alguns anos", mostrando "o compromisso que essas empresas assumiram em continuar as suas operações no país".

"Não me parece que no curto/médio prazo tenhamos as grandes empresas petrolíferas a abandonarem as suas operações em Angola. Uma boa indicação disso é que algumas dessas concessões foram prorrogadas por mais alguns anos e isso demonstra o compromisso que essas empresas assumiram em continuar as suas operações no país", disse o PCA da petrolífera de bandeira à Reuters.

Além disso, aproveitou ainda para destacar que "a adjudicação recente" de diversos blocos expressa "claramente o interesse" de operados do sector em explorarem hidrocarbonetos em solo angolano.

"A adjudicação recente de vários blocos demonstra claramente o interesse de operadores petrolíferos em explorar hidrocarbonetos em Angola", evidenciou Sebastião Gaspar Martins, acrescentando que "foram adjudicados vários blocos offshore em bacias de fronteira assim como blocos terrestres" e que "há também um maior interesse das operadoras em Angola em fazer exploração dentro das áreas de desenvolvimento e vários poços de exploração já foram feitos dentro dessas áreas".

Na entrevista à Reuters, citada pelo Jornal de Negócios, o responsável falou igualmente sobre a atracção de investidores, tendo apontado que o ambiente de negócios em Angola, concretizado no equilíbrio contratual que o país concede, "tem estado a atrair muitos investidores" e mencionou a "própria Sonangol" como um exemplar disso mesmo: "A própria Sonangol que tem recebido muitas manifestações de interesse de investidores interessados em associarem-se às actividades de óleo e gás".

Admitindo que a produção de petróleo bruto no país está em decadência, justificada pelos anos de existência dos campos em exploração, o responsável disse acreditar que esse cenário será invertido.

"Acreditamos que nos próximos meses iremos ver a diminuição da taxa de declínio da produção nacional assim que alguns projectos já em fase de execução entrarem em produção", acrescentando que "é muito cedo ainda" para falarem "sobre qualquer aumento dos níveis de produção nos próximos meses".

Ainda na sua entrevista à Reuters, o PCA da Sonangol reiterou que as participações nas portuguesas Millennium BCP e Galp são para continuar: "A Sonangol tem, nos seus investimentos na Galp e no Millennium BCP, interesses estratégicos e financeiros, pelo que mantém a sua participação em ambas as empresas".

Sebastião Gaspar Martins mencionou igualmente a "dispersão da empresa em bolsa": "O IPO da Sonangol deverá realizar-se tão logo estejam criadas as condições para o fazer. Temos o diagnóstico da empresa concluído e definimos o roadmap necessário para o processo de dispersão da empresa em bolsa, até um total de 30 por cento do nosso capital social. Pelas tarefas prévias necessárias, prevemos que, até 2027, este processo possa estar concluído", indicou à Reuters, citado pelo Jornal de Negócios.

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