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Primeiros fundos de capital de risco lançados em Angola com capitalização máxima de 7,5 mil milhões de kwanzas

A DeltaGest Capital lançou os primeiros fundos de capital de risco ao mercado angolano, com capitalização máxima de 7,5 mil milhões de kwanzas, para os sectores do ambiente e diversificação da economia, anunciou a instituição.

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Segundo a DeltaGest Capital, empresa de capitais angolanos, os dois fundos "Greenfield" e "Brownfield", fechados e de subscrição particular", já estão registados na Comissão de Mercado de Capitais (CMC).

Ambos os fundos terão uma capitalização máxima de 7,5 mil milhões de kwanzas com um total de 600 unidades de participação, refere-se num comunicado a que a Lusa teve acesso esta Segunda-feira.

Em declarações esta Segunda-feira à Lusa, o presidente do conselho de administração da empresa, João Saraiva, deu conta que "deve estar concluída esta semana" a capitalização do "Greenfield", que terá uma preocupação a nível do ambiente e sustentabilidade e governação empresarial dos seus investimentos.

"O "Greenfield" teve mais atracção por parte de investidores a nível individual, daí penso que poderemos fechar dentro desta semana a capitalização mínima", salientou.

Sem revelar o período de capitalização do fundo "Brownfield", que será do tipo 'venture capital' dedicado a oportunidades ligadas à diversificação da economia e ao desenvolvimento do conteúdo local nacional, o responsável sinalizou o interesse dos investidores.

"Temos dois tipos de investidores: os institucionais e as empresas. É interessante que os investidores a nível individual se tenham sentido mais atraídos pelo fundo sobre o ambiente, no entanto, as instituições, sobretudo seguradoras, estão neste momento em processo interno de aprovação em investimento nos nossos fundos", referiu.

Os fundos de capital de risco são "um instrumento financeiro novo no mercado angolano, cujo principal objectivo é o de proporcionar uma alternativa de investimento em kwanzas, que permite a diversificação das carteiras, com rentabilidade acrescida em activos através de um investimento".

De acordo com o comunicado, os investimentos serão feitos através da "aquisição de participações de capital social, subscrição de aumentos de capital, contratação e subscrição de instrumentos de dívida ou instrumentos híbridos".

Os fundos destinam-se a "financiamento de empresas que operam em áreas de actividade económica das indústrias extractivas e transformadoras, activos prestadores de serviços tecnológicos, activos com potencial, mas processo de negociação de dívidas com bancos, e outras", lê-se na nota.

João Saraiva, citado no comunicado, considera ser este o momento ideal para lançar este tipo de fundos em Angola porque o "regulador, a CMC e os potenciais investidores já atingiram um nível de competência e robustez de standard internacional que permite à DeltaGest Capital ter confiança no sucesso deste processo de capitalização".

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