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ONG critica solicitação prévia de questões para entrevista com PR

A Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD), organização cívica angolana, criticou esta Quinta-feira a solicitação prévia de questões aos jornalistas para a entrevista com o Presidente e a parcialidade e reiterada censura nos órgãos públicos de informação.

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O Presidente, João Lourenço, concedeu esta Quinta-feira, no Palácio Presidencial, uma entrevista colectiva a cinco órgãos de informação acreditados no país, nomeadamente aos jornais Expansão, de Angola, O País, à TV Zimbo e à agência Lusa.

A AJPD, em nota tornada pública esta Quinta-feira, "deplora o comportamento manifestado pelo Gabinete de Comunicação do Presidente angolano que obrigou os jornalistas a enviarem as perguntas com alguma antecedência, numa clara demonstração de censura, contrário ao n.º 2 do artigo 40.º da Constituição".

A organização não-governamental recorda que em 2017, no início do consulado do Presidente, a aproximação à imprensa caracterizou-se pela realização anual de conferências colectivas, "extensiva a todos os órgãos, e não restrita a um pequeno grupo de cinco órgãos".

Nesta nota, assinada pelo seu presidente Serra Bango, a AJPD diz igualmente que segue com "bastante atenção e preocupação a postura que tem sido manifestada pelos diversos órgãos de comunicação, sobretudo públicos".

"Caracterizada por uma atitude de parcialidade na veiculação de informação e na prática reiterada de censura das informações quando estas não interessam ao poder instituído, numa clara violação ao artigo 48.º da Constituição", lê-se no documento.

A Associação Justiça, Paz e Democracia apela ainda aos órgãos que superintendem a política da comunicação social de Angola a "terminarem as práticas de censura e a promoverem o exercício plural da informação".

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