Na abertura do encontro, o Governador do banco central realçou a importância da manutenção de um diálogo fluido entre o BNA e os operadores económicos, de modo a permitir a partilha oportuna de informação capaz de influenciar o alinhamento de expectativas, com impacto positivo sobre o ambiente de negócios e a estabilidade da economia.
De seguida, o vice-governador Tiago Dias fez uma breve incursão sobre a economia, realçando a estabilização do mercado cambial – marcada pela apreciação do kwanza face às moedas dos principais parceiros comerciais de Angola – e a melhoria da posição externa do país através de uma maior acumulação das reservas internacionais. Foi também partilhada informação sobre a evolução dos preços na economia e, em particular, dos bens alimentares que continuam a impactar negativamente a inflação no país.
Os operadores do sector alimentar evocaram vários factores que têm contribuído para o comportamento dos preços, com maior realce para na duração da cadeia logística e de distribuição, no agravamento dos preços na origem (inflação importada) e nas acentuadas margens de lucro no segmento retalhista dos bens alimentares.
De acordo com os operadores, não obstante as medidas adoptadas pelas autoridades nacionais, que resultaram na estabilidade cambial e desagravamento dos direitos de aduaneiros, os seus efeitos serão sentidos de modo gradual, sendo já visível a baixa de preços e alguns produtos.
Em nota final, José de Lima Massano salientou que os equilíbrios macroeconómicos alcançados no mercado interno atenuaram alguns dos efeitos externos adversos ocorridos em 2021, sendo expectável que ao longo do presente exercício económico esses desenvolvimentos melhor se reflictam sobre a estabilidade de preços na economia, pelo que se conta com a elevação e sentido de compromisso de todos intervenientes da cadeia alimentar.