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Taxa de desemprego caiu 3,7 por cento no último trimestre de 2020

A taxa de desemprego no quarto trimestre de 2020 em Angola caiu 3,7 por cento face ao período homólogo de 2019, estimando-se em cerca de 30,6 por cento, o correspondente a 4,7 milhões de desempregados no país, foi anunciado.

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Segundo a directora-geral do Instituto Nacional de Estatística (INE), Chaney John, que apresentou esta Terça-feira o Inquérito ao Emprego em Angola (IEA) referente ao quarto trimestre de 2020, a taxa de desemprego caiu 3,7 por cento, tanto para homens como mulheres, registando-se 4.747.622 desempregados.

Em conferência de imprensa, em Luanda, a responsável do INE fez saber que o IEA revelou que a taxa de desemprego, nos últimos três meses de 2020, "foi estimada em 30,6 por cento, valor inferior em 8,9 pontos percentuais ao trimestre anterior e 3,7 pontos percentuais relativamente ao trimestre homólogo".

A taxa de desemprego na área urbana cifrou-se em 41,7 por cento, "três vezes superior à rural que está em 15,7 pontos percentuais", realçou.

Chaney Jonh deu conta também de que a taxa de desemprego da população com 15 ou mais anos de idade diminuiu em 3,4 pontos percentuais e o grupo com a maior taxa de desemprego encontra-se na faixa etária dos 15 aos 24 anos.

Em relação a taxa de emprego, no quarto trimestre de 2020, "aumentou, em 3,1 por cento em relação ao trimestre anterior em 8,3 por cento, o que corresponde a 824.813 pessoas, em relação ao trimestre homólogo de 2019".

"A taxa de emprego no quarto trimestre de 2020 foi estimada em 62,8 por cento, sendo a área rural significativamente superior a zona urbana, 79,4 por cento e 51,4 por cento, respectivamente. A taxa de emprego dos homens excedeu a das mulheres em quatro pontos percentuais, isto é a taxa de emprego dos homens cifrou-se em 64,9 por cento e a das mulheres em 60,9 por cento", explicou.

De acordo com a directora-geral do INE, mais de metade da população empregada em Angola trabalha nos sectores da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, estimada em 6,3 milhões de pessoas.

"O sector que menos empregou, neste período, foi o sector de actividades financeiras, imobiliárias e de consultoria. O grupo etário com a maior taxa de empregabilidade varia entre os 35 anos aos 54 anos", apontou.

A responsável anunciou ainda que a população inactiva com 15 ou mais anos reduziu-se em 0,3 por cento face ao trimestre anterior e, em termos de variação homóloga, também diminuiu em 14,9 por cento em comparação com igual período de 2019.

"A taxa de inactividade apresenta valores mais elevados nos grupos etários de 65 anos, isto justificado pelo grupo de idade em que muitos estão na reforma e outros sem condições físicas e a seguir também temos jovens entre os 15 e 24 anos, representando 15,3 por cento da taxa de inactividade", assinalou.

A dirigente realçou também que "os indicadores sobre o mercado de trabalho mostram algumas evidências marcadas pelo impacto da pandemia de covid-19".

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