Em declaração na 19.ª edição do CaféCIPRA, o governante esclareceu que a entrada de Angola na ZCL da SADC será aprovada na conferência da organização: "No próximo mês de Junho iremos participar na conferência da SADC para que, finalmente, a integração de Angola na Zona de Comércio Livre seja aprovada a nível do Conselho de Ministros, acto que dará lugar à cerimónia de ratificação na Cimeira de Chefes de Estado da organização".
Citado pelo Jornal de Angola, o titular da pasta da Indústria e Comércio considerou que esta acção simboliza o "primeiro passo" de grande importância para consolidar as sub-regiões africanas.
O ministro Rui Miguêns de Oliveira destacou a importância da união entre as várias Comunidades Económicas Regionais de África na procura de mecanismos para atingir a independência económica.
"Só conseguiremos, se fizermos negócio entre nós próprios africanos, se formos capazes de desenvolver as nossas relações económicas, utilizar os nossos melhores recursos do ponto de vista de competitividade em cada uma das nossas nações e, com isso, criarmos a força para que o continente, unido, se desenvolva e alcance a almejada independência económica", afirmou.
Além de Rui Miguêns de Oliveira, nesta edição do CaféCIPRA, que teve como tema "Angola no Centro da Diplomacia Africana", também estiveram presentes o ministro das Relações Exteriores, Téte António, e a administradora executiva da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), Cláudia Pedro.
Na ocasião, Cláudia Pedro falou sobre as intenções de investimento registadas pela agência: desde 2018, registaram-se 877 intenções de investimento, que possibilitaram criar 32.000 empregos dos 92.000 previstos.
"Neste nosso propósito de diplomacia económica, a agência está muito focada na atracção de investimentos para Angola, na promoção do país como principal destino do investimento em África, ou seja, investimento produtivo capaz de impactar internamente e a nível do continente", apontou, citada pelo Jornal de Angola.
Já Téte António, entre outros aspectos, falou sobre algumas das prioridades da presidência angolana da União Africana. "Na linha estratégica, a paz e segurança são apenas uns dos eixos da presidência angolana, porque temos outras questões de desenvolvimento, incluindo as infra-estruturas. Não podemos falar da integração económica, nem de desenvolvimento e infra-estruturas, se não estivermos em paz", disse o ministro, que, citado pelo Jornal de Angola, acrescentou: "É só olharmos para o nosso próprio meio ambiente e ao que conseguimos após pacificarmos o nosso país. É um cenário que podemos repetir a nível do nosso continente, para vermos as mudanças que constam na Agenda 2063, as aspirações de uma África em paz".