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Angola gastou 318 milhões com pensões para ex-militares em 2019

O Governo gastou 160,4 mil milhões de kwanzas (318 milhões de dólares), no ano passado, com 72.259 pensionistas dos Acordos de Paz, dos quais mais de metade por reforma, foi divulgado.

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Segundo um comunicado de imprensa da Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (FAA), tornado público esta Terça-feira, os últimos pensionistas, mais de 24.000, foram inseridos no sistema de pagamento, em 2019, e o processo "está já encerrado".

De acordo com os dados divulgados pela Segurança Social das FAA, do total de pensionistas, 43.233 recebem pensão de reforma e 66 têm pensão de invalidez. Foram ainda pagos subsídios a 1145 pensionistas (de sobrevivência) ascendentes (pais e mães), 8559  viúvas e 19.256 órfãos.

Os pensionistas do Sistema de Segurança Social das FAA são os ex-militares desmobilizados ao abrigo dos Acordos de Paz de Angola assinados desde 1991.

Trata-se de oficiais das extintas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), antigo braço armado do MPLA, extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA) e ex-militares da UNITA desmobilizados à luz dos Acordos de Bicesse (Estoril, 1991).

Contempla também ex-militares desmobilizados ao abrigo do Acordo Geral do Luena (2 de Abril de 2002) e do Memorando de Entendimento para a Paz e Reconciliação em Cabinda, assinado, em Agosto de 2006, entre o Governo e o Fórum Cabindês para o Diálogo.

A Caixa de Segurança Social das FAA refere que o processo de inserção dos ex-militares oriundos do processo de paz para Angola "está encerrado", alertando, contudo, a existência de "alguns oportunistas que tencionam extorquir cidadãos desinformados".

Para a instituição, tutelada pelo Ministério da Defesa Nacional angolano, cidadãos que, "comprovadamente", prometerem o registo e a inserção no sistema de Segurança Social das FAA "serão responsabilizados criminalmente".

"No entanto, pedimos aos cidadãos vítimas de extorsão que denunciem esses factos às entidades de direito", lê-se no documento.

De acordo com o órgão, as atenções para 2020 estarão centradas no processo de registo e inserção no Sistema de 2325 militares provenientes do processo normal de licenciamento por limite de idade ou fim de carreira.

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