A revisão, feita pelos peritos do Banco Mundial no relatório 'Perspectivas Económicas Globais", representa uma inversão de 3,5 pontos percentuais relativamente às previsões feitas há 12 meses atrás.
O relatório refere que Angola e também Guiné Equatorial registaram uma quebra no PIB devido ao declínio na produção de matérias-primas, no caso angolano do petróleo.
Países que dependem da exportação de matérias primas sofreram não só devido à queda dos preços, mas também da confiança dos investidores devido às "vulnerabilidades externas e condições domésticas frágeis", perfil que Angola partilha com a Argentina, África do Sul ou Nigéria.
No entanto, o Banco Mundial espera que, após uma contracção significativa, Angola, tal como a Argentina e o Irão, registem uma recuperação económica gradual.
Em Angola, o sector petrolífero deverá beneficiar do início de produção de novos blocos de exploração e também de reformas para melhorar o ambiente de negócios, indica a instituição.
As projecções económicas para Angola são mais optimistas para este ano, quando se espera um crescimento de 2,9 por cento do PIB, que deverá continuar a subir 2,6 por cento em 2020 e 2,8 por cento em 2021, mais 0,7 e 0,2 pontos percentuais do que as estimativas anteriores, indica o mesmo documento.
Espera-se que o crescimento regional atinja os 3,4 por cento em 2019 e uma média de 3,7 por cento em 2020-21, "dependendo da redução da incerteza política e mais investimento nas grandes economias, juntamente com um crescimento robusto contínuo em países com recursos não intensivos", pode ainda ler-se no documento.