Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas à saída da cerimónia de lançamento da cidade portuguesa de Cascais como Capital Europeia da Juventude 2018, sobre o tema das relações entre os Estados português e angolano a propósito do processo judicial que envolve o ex-vice-presidente Manuel Vicente.
Questionado se o primeiro-ministro português, António Costa, partilhou consigo o parecer solicitado à Procuradoria-Geral da República sobre este caso, que não foi tornado público, o Presidente da República escusou-se a responder: "Isso é uma matéria sobre a qual não me vou pronunciar publicamente".
"Aquilo que quero dizer, neste momento, é que as relações políticas e diplomáticas são excelentes", declarou o chefe de Estado. "Não podia ser melhor o nosso relacionamento", reforçou.
Interrogado se considera decisivo o encontro entre o primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente João Lourenço, Marcelo Rebelo de Sousa disse que "a vida é feita de múltiplos encontros e de múltiplos contactos".
"Alguns são públicos e notórios, e são formais ou relativamente formais, outros são informais", referiu, completando: "E todos são importantes".
Ainda a respeito do encontro entre António Costa e João Lourenço, os jornalistas perguntaram-lhe se vai estar atento ao que se vai passar em Davos, e o Presidente da República retorquiu: "Como imaginam, esta temática, como todas as temáticas que dizem respeito ao relacionamento de Portugal na Europa e com os nossos irmãos da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], são matérias que eu acompanho dia e noite há dois anos".
Marcelo Rebelo de Sousa apontou as recentes declarações dos ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e de Angola como sinal de excelência no relacionamento bilateral.
"Há uma sintonia, há uma convergência clara no sentido de mostrar que, como acontece entre povos, não podia ser melhor o nosso relacionamento", sustentou.