A posição foi assumida na intervenção do chefe de Estado, no palácio presidencial, em Luanda, na tradicional sessão de cumprimentos de ano novo do corpo diplomático acreditado em Angola.
"No decurso deste ano estão programados encontros ao mais alto nível entre delegações do executivo angolano e de Governos de alguns países com os quais pretendemos intensificar relações de cooperação em áreas de interesse comum, na base do potencial que uns e outros dispõem para concretizar tais propósitos", anunciou João Lourenço.
Perante dezenas de chefes de missões diplomáticas e consulares, o Presidente da República, eleito em Agosto último, acrescentou que o executivo "está aberto à cooperação com todos os países amigos e parceiros internacionais".
Desde que "isto se processe na base do respeito mútuo e do respeito pela soberania de cada um dos Estados, como condição fundamental para que se desenvolva uma amizade sã, descomplexada e capaz de gerar resultados profícuos para ambos os lados", avisou.
No discurso, João Lourenço dirigiu-se aos diplomatas reconhecendo que Angola "tem enfrentado algumas dificuldades", que decorrem da baixa do preço de petróleo, "cujos efeitos condicionaram seriamente a realização dos principais objectivos traçados pelo Governo no plano económico e social".
"Neste contexto, estou convencido de que para se encorajar os potenciais investidores dos vossos respectivos países a apostarem no mercado nacional, deverão transmitir uma informação objectiva sobre Angola, de modo a que se desfaçam opiniões preconceituosas que muitas vezes se formulam no estrangeiro a respeito do nosso país", exortou o chefe de Estado, ao agradecer os cumprimentos de ano novo do corpo diplomático.
Desafiou mesmo os diplomatas a serem "portadores" junto dos governos e sectores da sociedade civil dos respectivos países "de uma mensagem que ajudasse a compreender que existe um esforço sério de aperfeiçoamento permanente" na governação do país.
"Almejando o aprofundamento da democracia, o aperfeiçoamento dos mecanismos que conduzam a uma observância mais criteriosa dos Direitos Humanos e o melhoramento das garantias e liberdades fundamentais dos cidadãos", concluiu João Lourenço.