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João Lourenço exonera Filomeno dos Santos e restante administração do Fundo Soberano

O Presidente da República exonerou esta Quarta-feira a administração do Fundo Soberano de Angola (FSDEA), presidida por José Filomeno dos Santos, tendo nomeado Carlos Alberto Lopes para liderar a instituição.

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A informação sobre a exoneração, "por conveniência de serviço", foi transmitida pela Casa Civil do Presidente da República em nota enviada à agência Lusa, em Luanda, passando o FSDEA, que gere activos do Estado de 5000 milhões de dólares, a ser presidido por Carlos Alberto Lopes, até agora secretário para os Assuntos Sociais do chefe de Estado.

Depois de Isabel dos Santos, que exonerou do cargo de presidente do conselho de administração da petrolífera estatal Sonangol, e de ter ordenado a rescisão do contrato entre a Televisão Pública de Angola (TPA) e a empresa Semba Comunicações, detida por Welwítschia "Tchizé" e José Paulino dos Santos "Coreon Dú" para a gestão do segundo canal, José Filomeno dos Santos é o quarto filho do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, a ser afastado do poder por João Lourenço, empossado em Setembro último.

Apesar de deixar o Palácio Presidencial, José Eduardo dos Santos foi reeleito em 2016 como presidente do MPLA, partido que suporta o Governo, e tem mandato até 2021.

Foram exonerados pelo chefe de Estado do Conselho de Administração do FSDEA, além do presidente, José Filomeno de Sousa dos Santos, os administradores executivos Hugo Miguel Évora Gonçalves e Miguel Damião Gago.

A mesma informação da Casa Civil refere que o Presidente da República nomeou ainda, para integrarem o conselho de administração do FSDEA como administradores executivos, Laura Alcântara Monteiro, Miguel Damião Gago, Pedro Sebastião Teta e Valentina de Sousa Matias Filipe.

Para ocupar o cargo no fundo, Carlos Alberto Lopes foi exonerado, por decreto presidencial, do cargo de Secretário para os Assuntos Sociais do Presidente da República, e nomeada, noutro decreto, Maria de Fátima Republicano de Lima Viegas para as mesmas funções.

Este desfecho já tinha sido antecipado na Segunda-feira pelo próprio Presidente, quando admitiu aplicar, nos próximos dias, medidas propostas pelo Ministério das Finanças sobre a gestão do FSDEA, não descartando exonerar a administração.

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