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Presidente admite mexer no Fundo Soberano e não afasta exonerações

João Lourenço admitiu aplicar, nos próximos dias, medidas propostas pelo Ministério das Finanças sobre a gestão do Fundo Soberano de Angola (FSDEA), não descartando exonerar a administração.

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O chefe de Estado falava nos jardins do Palácio Presidencial, em Luanda, na sua primeira conferência de imprensa com mais de uma centena de jornalistas de órgãos nacionais e estrangeiros, quando passam 100 dias após ter chegado à liderança no Governo.

Questionado sobre o facto de não ter exonerado o conselho de administração do FSDA, liderado por José Filomeno dos Santos, filho do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, João Lourenço disse que decorre um diagnóstico à gestão daquela instituição, que gere activos financeiros do Estado no valor de 5000 milhões de dólares.

“Não diria que vou exonerar, mas pode vir a acontecer”, disse João Lourenço, informando que uma empresa idónea fez o diagnóstico às contas do FSDEA e, na sequência desse trabalho, o Ministério das Finanças apresentou uma proposta de medidas a serem tomadas, para melhor controlo “dos dinheiros postos à disposição do Fundo Soberano”. “Estou a analisar essas medidas propostas e é muito provável que nos próximos dias venham a ser implementadas”, disse, sem adiantar pormenores.

Em conferência de imprensa, realizada na semana passada, o ministro das Finanças, Archer Mangueira, disse que a perspectiva do executivo é fazer aprovar, ao longo do primeiro semestre deste ano, uma nova estratégia para o Fundo Soberano, adequada ao novo contexto económico e financeiro que o país está a viver.

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