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Kwanza volta a depreciar-se e já acumula perda de 28 por cento face ao euro

O kwanza voltou a sofrer uma depreciação, desta vez de 1,7 por cento, face ao euro, abaixo das limitações introduzidas pelo Banco Nacional de Angola (BNA) para travar a especulação cambial.

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Desde que a moeda europeia passou a ser a referência para o mercado nacional, no novo regime flutuante cambial, a moeda angolana já acumula uma depreciação de 28 por cento para o euro, que agora vale 258,038 kwanzas na compra (pelos clientes), e 20 por cento para o dólar, que passa a valer 207,6 kwanzas, segundo cálculos feitos pela Lusa com base nas novas taxas cambiais divulgadas Terça-feira pelo BNA.

Estas taxas de câmbio resultam do quarto leilão de divisas efectivado pelo BNA em 2018, realizado Terça-feira em Luanda e no qual participaram 26 bancos, os quais compraram a totalidade do montante colocado à disposição, de 192,4 milhões de euros, anunciou ainda o banco central.

Contribuíram para o apuramento da taxa de câmbio de referência 18 dos bancos participantes, tendo a taxa mais alta apresentada sido de 258,780 kwanzas - por cada euro - e a mais baixa de 254,213 kwanzas.

Trata-se do segundo leilão consecutivo em que a depreciação do kwanza face ao euro fica abaixo dos dois por cento. Nos dois leilões concluídos anteriormente a estes, o valor da depreciação, em cada, foi superior a 10 por cento, para o euro (e por consequência para o dólar norte-americano).

No leilão de divisas foram aplicadas, pela segunda vez as novas regras, anunciadas há mais de uma semana pelo governador do BNA, José de Lima Massano, alterando os limites das propostas que podiam ser apresentadas pelos bancos, que depois são utilizadas para formar a taxa de câmbio do kwanza face ao euro.

No leilão realizado Terça-feira, as divisas vendidas destinaram-se à aquisição de matéria-prima, peças, acessórios e equipamentos (50 por cento do total de 192,4 milhões de euros), seguros, telecomunicações, transportes e informática (20 por cento), agricultura, agropecuária, pescas e mar (15 por cento) e comércio geral (15 por cento).

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