De acordo com o relatório mensal do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano sobre o comportamento da inflação, divulgado hoje, este registo contrasta com o pico de 2017, entre Setembro e Outubro, período em que os preços em Angola aumentaram 2,39 por cento, logo após as eleições gerais de Agosto.
O pico da inflação mensal em Angola nos últimos anos registou-se em Julho de 2016, quando, no espaço de um mês, segundo o INE, os preços registaram um aumento médio de 4 por cento.
Entre Janeiro e Dezembro de 2016 (12 meses) os preços em Angola subiram praticamente 42 por cento, segundo os relatórios anteriores do INE com o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN).
Em todo o ano de 2017 a subida acumulada nos preços foi 23,67 por cento, registo muito superior à previsão de 15,8 por cento para o período entre Janeiro e Dezembro que o Governo inscreveu no Orçamento Geral do Estado.
A subida de preços em Dezembro foi influenciada sobretudo pelos sectores Bens e Serviços Diversos, com 2,01 por cento, na Habitação, Água, Electricidade e Combustíveis, com 1,82 por cento, Vestuário e Calçado, com 1,69 por cento, e Lazer, Recreação e Cultura, com 1,65 por cento.
Os aumentos de preços no último mês do ano foram liderados pelas províncias do Moxico (2,16 por cento), Lunda Norte (1,82 por cento), Zaire (1,72 por cento), Cabinda (1,64 por cento) e Lunda Sul (1,60 por cento), enquanto as com menor variação foram as de Luanda (1,13 por cento), Benguela (1,19 por cento), Malanje (1,20 por cento), Bengo (1,23 por cento) e Huíla (1,25 por cento).